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Bilinguismo, interculturalidade e formação docente são debatidos no MEC

Bilinguismo, interculturalidade e formação docente  são debatidos no MEC

04 de agosto de 2022

Brasil

Educação e Formação Profissional | Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola

Interculturalidade, bilinguismo e formação docente são tema de discussão em seminário promovido pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI) e o Ministério da Educação. Ao final do Seminário, escolas do Brasil, Argentina e Uruguai receberão Prêmio Ibero-americano Cruzando Fronteiras.

Autoridades, especialistas de universidades e de instituições nacionais e internacionais se reuniram hoje, em Brasília, para discutir temas ligados à questão intercultural, à formação dos professores e ao ensino bilíngue nas escolas públicas brasileiras e nas escolas dos países que fazem fronteira com o País no Seminário sobre Interculturalidade e Bilinguismo. A iniciativa é da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI) e do Ministério da Educação.

“Acreditamos que atrás de uma educação bilíngue ou plurilíngue há um elemento muito importante, que tem a ver com o aprendizado das culturas, que tem a ver também com a tolerância, que ter a ver também com a cultura para a construção de caminhos de convivência e de convívio. O mundo está com muitos desafios; entre outros a paz, que é tão desafiada. Uma escola com valores de tolerância e poder de compromisso com a paz é um valor que está por trás do ensino e da motivação dos modelos bilíngues e plurilíngues”, disse Andrés Delich, secretário-geral adjunto da OEI.

Para o diretor da OEI no Brasil, Raphael Callou, “o projeto (do bilinguismo) traz a importância, a representação e a relevância que tem as línguas portuguesa e espanhola no mundo, tanto na dimensão da cultura, na geração de oportunidades de emprego e renda associada à economia criativa, por exemplo, como também como línguas que trabalham o conhecimento, com presença notória em grandes publicações no mundo, como línguas de ciência e de inovação”.

O ministro da Educação, Victor Godoy, salientou a importância do evento para refletir sobre as identidades linguísticas e culturais. “Nós temos uma extensa linha sinuosa de fronteira com diversos países na América Latina. Elas dividem os nossos territórios, porém não podem dividir os nossos laços de união; e a gente sabe que a linguagem é um elemento essencial para o estreitamento desses nossos laços de união”. Destacou que o Brasil, na América Latina, é o único país que fala o português, fazendo divisa com outros países que falam o espanhol, o inglês e a francês. “A interculturalidade e o multilinguismo é uma característica da região e, portanto, merece uma atenção especial do poder público”.

Com relação à parceria com a OEI para o desenvolvimento do projeto Escolas interculturais e bilingues Cruzando Fronteiras, o ministro destacou que a ação “abrange uma área de mais de 15 mil km, que avançam 150 km para dentro do país, alcançando 11 estados e 10 países, cobrindo um total de 27% do território nacional. São 588 municípios e 27 cidades-gêmeas (cortadas pelas linhas fronteiriças), que apresentam grande potencial de integração econômica e cultural”.

No mundo, são 850 milhões de falantes do português e do espanhol espalhados por quatro continentes, com uma presença especial na América, África e Europa. Atualmente, o Espanhol é a segunda língua mais falada do mundo; o Português a quarta. De acordo com as estimativas demográficas da Organização das Nações Unidas, o Espanhol e o Português atingirão 1,2 bilhão de falantes em meados deste século.

A programação, estruturada em painéis temáticos, contaram com especialistas de diversas instituições para o debate. O Seminário, híbrido, foi transmitido pelo YouTube da OEI Brasil, e contou com tradução simultânea para o espanhol e o português, além de intérpretes de Libras.

Além da OEI, a Comissão Organizadora do Seminário integra o Ministério da Educação, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed), o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e os institutos Camões, Cervantes e Guimarães Rosa (Ministério das Relações Exteriores do Brasil).

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