Como viver da Economia Criativa foi o tema da mesa redonda mediada pela OEI no REC ‘n’ Play
Possibilidades para a Juventude: como viver da economia criativa foi o tema do bate-papo de hoje entre o diretor da OEI no Brasil OEI, Raphael Callou; a diretora Executiva no Instituto Guetto, Rosana Fernandes; a diretora do Paço do Frevo, Luciana Felix, e a gerente de Produção da Fundação Roberto Marinho (FRM), Deca Farroco, no REC ‘n’ Play, em Recife.
Logo na abertura, Callou expôs os dados que giram em torno do setor, provocando a reflexão sobre as oportunidades e os desafios àqueles que querem empreender no Brasil: “temos no país hoje 50 milhões de jovens. Uma parte significativa deles, quase 27 milhões, não trabalham, nem estudam, o que é alarmante. A pandemia ainda agravou o quadro. Um estudo da OEI em parceria com a CEPAL em 2021 revelou que 2 a 4% dos países ibero-americanos têm o seu PIB vinculado à Economia Criativa. Portanto, uma área extremamente importante e produtiva no Brasil”, contextualizou.
Deca Farroco ressaltou a possibilidade que a mesa trouxe “de refletir sobre a economia criativa, como o espaço democrático, como o espaço descentralizado, e entender que a economia criativa não precisa de um único espaço, de uma centralidade, mas que ela pode estar espalhada em diversos territórios, potencializando os saberes locais e os fazeres locais, trazendo aí toda a energia e a potência da juventude para a transformação social”, ressaltou a gerente de produção da FRM.
“Eu acredito muito no potencial da conexão em rede para impactar essas mudanças e revolucionar o mercado como um todo. E a sociedade, obviamente, é muito beneficiada por isso. Ter o incentivo da OEI nesse processo de discussão, de debates, de construção de soluções potencializa ainda mais a chance da gente emancipar a sociedade a partir do conhecimento”, disse Fernandes, do Instituto Guetto.
Como exemplo exitoso, a diretora do Paço do Frevo, Luciana Felix, citou o Paço Criativo realizado em parceria com a OEI. “A gente construiu um projeto interessantíssimo, que percorreu mais de 20 comunidades no Recife, fazendo a formação de jovens na economia criativa, na indústria criativa e, especificamente, na cadeia produtiva do frevo. Então, foram mais de 2500 jovens formados, certificados e resultou numa exposição muito bacana de curadoria coletiva”, ressaltou.
Nos quatro dias de evento que agitou a cidade com oficinas, palestras, rodas de conversa, shows, filmes, mais de 40 mil pessoas participaram das diversas atividades. “O resultado final foi bastante produtivo e cada vez mais fortalece a tese que a gente sempre defende: a cultura como um mecanismo e engrenagem importantes de desenvolvimento e de inclusão social e produtiva”, finalizou Callou.