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Sede Brasil
Tipo Institucional/OEI

Cultura e territórios como motores da economia criativa

Realizada com apoio da OEI em Salvador, conferência “Distritos Culturais” debate territórios das cidades como espaços de identidade, pertencimento e potência criativa e econômica

 

A vista para o Elevador Lacerda a Baía de Todos os Santos são apenas pontos de partida para quem circula pelo bairro do Comércio, na área central de Salvador (BA). Mais que zona turística, a região tem se desenvolvido como um dos cenários culturais da cidade, combinando tradição e inovação.

Durante alguns dias, o Comércio também será palco da Conferência Internacional Distritos Criativos, evento realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), que irá debater a economia criativa como motor de desenvolvimento econômico.

A atividade é realizada em parceria com o Conexiones Creativas, organização sem fins lucrativos que surgiu na Colômbia e transita pela América Latina e Europa, impulsionando a economia criativa por meio da relação intrínseca entre identidade cultural e territórios. Cidades como Medellín e Barcelona já receberam atividades da instituição, que chega ao Brasil pela primeira vez, aterrissando na capital baiana.

“É nos territórios, em especial os históricos, que se constroem ideias inovadoras. A diversidade dos territórios apoia profundamente a economia criativa. Falar em Distritos Criativos é falar em cidades que se reinventam”, explica José Alegria, secretário geral da Fundação Roberto Marinho (FRM).

Feitos de diferentes pessoas espaços se beneficiam dessa multiplicidade de saberes e experiências. Em sua palestra, Alegria destacou criatividade não como habilidade inata, mas um conjunto de competências que podem ser desenvolvidas, por meio da formação e da vivência cultural – parte estrutural desse aprendizado.

Como exemplo de ações educacionais, ele citou o co.liga, escola virtual criada pela FRM em conjunto com a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) com o objetivo de promover a inclusão das juventudes no campo da economia criativa.

Para o diretor da OEI no Brasil, Rodrigo Rossi, iniciativas como o co.liga são fundamentais para o mercado criativo e são exemplos da importância de avançar não apenas em projetos formativos, mas na governança compartilhada da economia criativa. “É fundamental que as ações sejam pensadas e geridas por iniciativas que reúnam instituições governamentais, do setor privado e representantes da sociedade civil”, destaca.

A OEI apoiou a realização da Conferência e é parceira da Secult na gestão do Complexo Cultural de Salvador, que agrega espaços emblemáticos da capital baiana: a Casa de Histórias de Salvador, a Galeria Mercado e o Arquivo Público.

Os equipamentos fazem parte do tour realizado com pessoas de instituições culturais de diferentes partes do Brasil, Chile, Colômbia e Itália que participam da Conferência Distritos Criativos. A programação segue até o próximo sábado (23), entre diálogos e oficinas que buscam promover a cultura como oportunidade real para o mercado da economia criativa.

Publicado em 21 Ago. 2025