Estado mais diverso, inclusivo e inovador foram temas de debate no States of the Future
As “Mesas de Diálogo” são espaço aberto para uma escuta ativa das reinvindicações da sociedade civil
No Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o evento paralelo do G20, States of the Future, abre espaço para mesas de diálogo com organizações da sociedade civil. Na manhã desta quinta-feira, um dos temas tratados foi “Diversidade e Inclusão para o Verdadeiro Desenvolvimento”.
Na abertura, Daniela Gorayeb, chefe da Assessoria Especial de Participação Social e Diversidade do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), lembrou que o Estado é formado por pessoas, sendo responsáveis pelos serviços e políticas públicas. No Brasil, são mais de 500 mil.
Gorayeb questionou: “é necessário que o Estado seja composto por pessoas que espelhem a diversidade de experiências, de vivências, de necessidades, de perspectivas, das reivindicações e necessidades dos diversos grupos de uma sociedade? É importante para o Estado que se adote critérios de diversidade e inclusão para o acesso ao seu corpo técnico e político?”
Para debater essas questões foram convidados mais de 30 representantes de várias entidades. No formato proposto, seis deles fizeram uma breve intervenção sobre o tema: Alejandra Faúndez, diretora regional para a América Latina da Consultoria Inclusión y Equidad; Bianca Santana, diretora executiva da Casa Sueli Carneiro; Carolina Almeida, associada do Geledés Instituto da Mulher Negra; Cristiane Pankaru, cofundadora da Articulação Nacional das Mulheres Guerreiras da Ancestralidade; James Green, professor da Brown University, e Rene Silva, fundador e editor-chefe do Voz das Comunidades. Como moderador, o jornalista Jairo Marques.
Os participantes apontaram melhorias no mecanismo de recrutamento para o serviço público, maneiras de garantir a representatividade efetiva dos grupos sociais e a incorporação das reivindicações sem que se tornem pautas secundária.
No período da tarde, a mesa “Inovação Pública e Social”, coordenada por Elisa Leonel, secretária de Coordenação e Governança de Empresas Estatais do MGI, abordou a incorporação da inovação no dia a dia da administração; a alocação de recursos e escalabilidade de soluções para assegurar a geração de impacto; o fomento para a colaboração entre os diversos atores; a criação de benchmarkings e a garantia de uma condução adequada de uma agenda de inovação pública e social que permita mais integração e disseminação de suas iniciativas, práticas, métodos e resultados.
Giselle Vianna, diretora substituta de Novas Economias do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC); Jeroo Billimoria, cofundadora da Catalyst 2030; Juha Leppänen, executivo-chefe da Demos Helsinki e cofundador do Institutional Architecture Lab; Lorrayne Porciúncula, co-fundadora e diretora-executiva da The Datasphere Initiative; Roberto Pojo, secretário de Gestão e Inovação do MGI; Silvana Bahia, codiretora executiva da Olabi; Zarah Bruhn, comissária para Inovação Social do Ministério Federal de Educação e Pesquisa da Alemanha fizeram parte da primeira parte das atividades. A moderação dos demais participantes foi feita por Cilair Abreu, secretário de Serviços Compartilhados do MGI.
Os principais pontos levantados nestas “Mesas de Diálogo” farão parte de um documento que será entregue à presidência do G20, a fim de reivindicar que o Estado como um agente para as grandes transformações do futuro possa compor, futuramente, um grupo de trabalho.
O States of The Future é realizado pelos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), das Relações Exteriores (MRE), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A organização é da Maranta e da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI). Apoiam o States of the Future a Open Society Foundations e a República.org.