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OEI anuncia vencedores de etapa nacional do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos

OEI anuncia vencedores de etapa nacional do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos

09 de outubro de 2019

Brasil

O professor Rudinei Albane, 32 anos, é surdo. Chegou no Centro de Educação Infantil Municipal Aquarela de Chapecó (SC), em 2016, para dar aulas de educação física e, o que poderia ser uma barreira de comunicação, tornou-se elo de mobilização da comunidade escolar. Além das aulas de educação física, Rudinei foi convidado pela gestão escolar a ensinar Libras (Língua Brasileira de Sinais) para alunos, professores, merendeiras, porteiros, pais e mães. Assim nasceu o projeto Mãos que Falam, que trabalha a inclusão no universo da Educação Infantil na escola pública. A iniciativa passou a ser referência no município sul catarinense.

Hoje, 09, a escola onde o professor Rudinei trabalha teve seu protagonismo educacional reconhecido. O professor recebeu, em Brasília, o certificado concedido ao projeto Mãos que Falam, vencedor da etapa nacional do Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos, uma realização da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) com a Fundação SM. A iniciativa conta com o apoio Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), além do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação) e Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

No final de novembro, um representante da escola embarca para o México para concorrer à etapa internacional, que vale cinco mil dólares (US$ 5 mil). A TV INES, do Rio de Janeiro, também enviará, em novembro, um representante da emissora para a grande final que acontece na capital mexicana. A emissora educativa foi reconhecida na categoria Organizações da Sociedade Civil (OSC) por oferecer programação educativa com atenção aos públicos surdos e ouvintes de forma integrada. A TV INES é a primeira TV da América Latina e única do Brasil com esse enfoque. No mundo só existem quatro emissoras com foco em pessoas com deficiência auditiva. O projeto é uma parceria entre a Organização Roquette Pinto Comunicação Educativa e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES).

Inscritos - Ao todo, foram 75 inscritos na edição de 2019 do Prêmio Ibero-americano de Direitos Humanos no Brasil. Exatos 44 concorreram na categoria A, voltada para instituições de ensino, sejam elas escolas públicas ou privadas. Os outros 31 inscritos fazem parte da categoria B do prêmio, que reconhece a educação em direitos humanos realizada por OSCs, estejam elas trabalhando na educação formal ou informal.

A região Sudeste teve o maior número de inscritos (30), seguida do Sul com um total de (15). Logo atrás vem o Nordeste com 14 inscritos. Já o total de trabalhos apresentados pelas regiões Norte e Centro-Oeste foram, respectivamente, dez e cinco inscritos. Houve ainda uma inscrição de uma OSC com sede em outro país e que desenvolve um projeto de cidadania e democracia em escolas do Brasil.

Protagonismo -  O prêmio de Educação em Direitos Humanos começou com a OEI no Brasil em 2008. Em 2015 passou a ser um concurso internacional. Atualmente envolve os 23 países que fazem parte da Organização.

Na primeira edição internacional (2015), o Brasil foi destaque. A professora Gina Vieira, da Ceilândia, foi a vencedora das etapas nacional e internacional. A entrega do prêmio daquele ano ocorreu na Colômbia. A professora Gina tem um trabalho pedagógico de empoderamento de alunas do DF por meio da literatura. O seu projeto acabou sendo adotado pelo GDF como política pública no Distrito Federal.

Ibero-América – A edição de 2019 do Prêmio Ibero-Americano de Educação em Direitos Humanos envolveu 20 países da Ibero-américa. Além do Brasil, na América do Sul participam Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, e Uruguai. Da América Central os países que fazem parte da iniciativa são Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Porto Rico e República Dominicana. Da Europa ibero-americana estão no prêmio a Espanha e Portugal. O México é o representante da América do Norte.

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