OEI e Estado do Rio Grande do Sul assinam projeto que investirá na melhoria da qualidade da educação aos gaúchos
Projeto prevê a criação do Centro de Referência em Educação, a fim de implementar ações de estímulo à produção científico-tecnológica e à inovação no ensino do Estado.
O Centro será responsável por implantar o Museu da Educação para o Amanhã, o Centro de Desenvolvimento dos Profissionais da Educação (CDPE) e o Centro Gaúcho de Educação Mediada por Tecnologias (Cegemtec), todos localizados no prédio do Instituto de Educação General Flores da Cunha, na capital gaúcha.
“Vivemos cada vez mais numa sociedade do conhecimento, em que é tão importante preparar as pessoas para que elas possam aprender a aprender, tendo em vista um cenário ainda muito nebuloso, em que nós sabemos as competências e as habilidades necessárias para a adaptação para o futuro incerto, mas ainda não sabemos exatamente quais serão os empregos e os trabalhos que esse futuro nos oferece. Pensar nisso, estar cada vez mais sedimentando esse trabalho, tendo em vista esse objetivo que é tão relevante, é fundamental para o sucesso de qualquer política pública”, foram as palavras de Raphael Callou, diretor da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), hoje (23.08), em Porto Alegre/RS, na assinatura do Projeto de Cooperação Técnica Internacional (Prodoc) com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite para a criação do Centro de Referência em Educação.
O objetivo do Centro é desenvolver capacidades humanas e institucionais, no âmbito da Secretaria Estadual de Educação, para implementar ações de estímulo à produção científico-tecnológica e à inovação no ensino estadual.
A fim de atingir seu objetivo, o Centro será responsável por implantar o Museu da Educação para o Amanhã, o Centro de Desenvolvimento dos Profissionais da Educação (CDPE) e o Centro Gaúcho de Educação Mediada por Tecnologias (Cegemtec), todos localizados no prédio do Instituto de Educação General Flores da Cunha, na capital gaúcha.
O governador destacou a importância do projeto no Instituto de Educação para o Estado: “essa escola precisa ser a referência das escolas. E por isso vai ser uma escola – com aulas, alunos, professores – mas será também um espaço de inspiração, de centro de mídias, de museu, que projeta o futuro para ser um templo da educação que é referência de ensino para a nossa rede de ensino e para outras também”, declarou.
Atualmente, o Instituto possui 1005 alunos, que vão desde a Educação Infantil até o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos. É um patrimônio cultural do RGS, fundado em 1935. A previsão da Secretaria de Estado da Educação é que as aulas comecem em fevereiro.
Callou ainda destacou que a OEI vem trabalhando nesse projeto há dois anos, promovendo seminários nacionais e internacionais, ouvindo mais de 100 especialistas de diversas áreas a fim de viabilizar o Museu. “Esse museu pretende trazer contribuições sobre a educação que queremos para o futuro; e naturalmente são futuros possíveis. Não queremos trazer uma resposta. A gente quer trazer inspirações e contribuições para que a educação seja de fato fortalecida enquanto paradigma de que realmente é a educação que transforma as pessoas e a sociedade”, afirmou.
Histórico
O processo para a viabilização do Museu da Educação para o Amanhã teve início em outubro de 2021, em Madri/Espanha, quando o secretário-geral da OEI, Mariano Jabonero, recebeu o governador Eduardo Leite para a assinatura de protocolo de entendimento entre o organismo internacional, o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e o governo do Estado. O momento também contou com a presença do diretor da OEI no Brasil, Raphael Callou e o diretor-presidente do IDG, Ricardo Piquet.
Na ocasião, Jabonero destacou que o acordo significava trabalhar a favor da educação, da cultura e da ciência, valores do organismo internacional. “Na OEI, temos trabalhado nessas áreas na Região (ibero-americana) há 73 anos para fazer políticas públicas a favor do desenvolvimento e do bem-estar. Trabalhamos para que a cooperação se concretize”, afirmou.
Leite destacou o impacto que a tecnologia 5G teria em todos os aspectos da vida das pessoas. “No passado fomos treinados para fazer uma profissão para a vida, mas para o futuro temos de estar prontos para aprender, desaprender e aprender novamente, e esta é a missão das escolas de amanhã”, declarou.