OEI, Santillana e Fundação Santillana premiam as escolas mais sustentáveis do Brasil, México e Colômbia
As iniciativas selecionadas participarão da final internacional no dia 30 de novembro
A primeira edição do Prêmio Escolas Sustentáveis, promovido pela Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Santillana e Fundação Santillana entra na etapa final, com a premiação internacional no dia 30 de novembro na Praia do Forte, na Bahia, Brasil. Concorrerão os vencedores das das categorias das etapas nacionais dos três países.
Com mais de 1.300 projetos de sustentabilidade inscritos, os vencedores no Brasil, México e Colômbia foram anunciados:
Na categoria Ensino Fundamental, as iniciativas selecionadas a nível nacional são “Água e Solo. Tamo juntos”, da EMEB Irmã Florida Mestag (Brasil); o “Sistema de Reúso de Água” do Instituto Cultural Vygotsky (México); e “Conservar para Transformar”, da Escola Amalaka (Colômbia).
Na categoria Ensino Médio, os projetos que vão à final internacional são “MovePlus”, do Centro de Ensino Sesi Gama (Brasil); “Tecnologia para o Bem”, do clube de robótica CONALEP Veracruz (México); e “CAFELAB Colômbia”, da Instituição Municipal de Educação Montessori (Colômbia).
Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI, acrescenta que “estas escolas são o exemplo claro de que a inovação e a consciência ambiental estão cada vez mais presentes nas nossas salas de aula. Por isso, é vital continuar a apoiar e reconhecer iniciativas que visam tornar a nossa região ibero-americana uma líder global na conservação do nosso planeta”.
Todas essas boas práticas estarão disponíveis para consulta no site das Escolas Sustentáveis, junto com outros projetos relevantes que também participaram da competição. “O objetivo é destacar a contribuição dessas escolas e, ao mesmo tempo, dar visibilidade ao seu trabalho para que possam inspirar outras escolas da América Latina”, afirma Francisco Cuadrado, presidente executivo da Santillana.
As escolas finalistas viajarão para Praia do Forte, na Bahia, onde será anunciada a escola vencedora em nível internacional, em cerimônia de premiação na qual serão aplicadas as melhores práticas ambientais, sociais e de governança (ESG). Recentemente, a Santillana recebeu o Certificado de Conformidade da Eventsost por aplicar esses critérios sustentáveis na organização de seus eventos.
Além disso, para incentivar a troca de experiências e reforçar o compromisso dessas escolas com o desenvolvimento sustentável serão organizadas diferentes atividades formativas e culturais, como visita ao projeto Tamar, que atua na proteção das tartarugas marinhas, e o Castelo Garcia Da Villa, um dos principais monumentos do patrimônio histórico brasileiro.
Projetos finalistas na categoria Ensino Fundamental
No Brasil, o projeto vencedor na categoria Ensino Fundamental foi “Água e Solo. Tamo juntos“, desenvolvido por alunos da escola pública e rural de educação infantil EMEB Irmã Florida Mestag. Pensando em reverter a sedimentação e erosão da mata ciliar em uma região próxima à escola, os alunos do 5EF diagnosticaram a situação e propuseram ao prefeito do município de Jundiaí a criação do Parque Urbano Mato Dentro, com reflorestamento no entorno da lagoa, urbanização e melhorias de infraestrutura, limpeza e conservação do local, criação de uma área de lazer, uma pista de caminhada e cooper e uma academia ao ar livre, já que o bairro onde a escola está localizada não possuía áreas de lazer, parques ou centros esportivos.
No caso do México, o vencedor foi o Instituto Cultural Vygotsky por seu Sistema de Reúso de Água, uma solução inovadora e educacional para um desafio urgente em muitas comunidades: a escassez de água. O projeto parte da ideia de transformar o ato cotidiano de lavar as mãos em uma oportunidade de sustentabilidade e educação ambiental. Para isso, foi implantado um sistema inteligente que capta a água utilizada na lavagem das mãos nas escolas. A tecnologia de flutuadores eletrônicos e bombas d’água possibilita o monitoramento e a gestão eficiente desse recurso, o que é demonstrado pelos números: eles alcançaram uma economia de mais de 1.000 litros de água. Isso foi complementado por um reforço da educação ambiental, envolvendo alunos, professores e funcionários das escolas.
Por fim, o projeto vencedor na Colômbia foi “Conservar para Transformar”, da Escuela Amalaka, iniciativa que promove a proteção e conservação do meio ambiente, por meio da agroecologia, da pesquisa científica e da educação ambiental. O projeto surgiu da necessidade de transformar a terra erodida que era usada para a criação de gado em uma reserva natural. Para isso, a escola participa de diversas atividades que promovem a sustentabilidade ambiental da área, como a reprodução, o plantio e o cuidado com espécies arbóreas ou a ampliação da faixa florestal e, por sua vez, das coberturas vegetais, que abrigam as diferentes espécies de fauna. Dessa forma, conseguiu que esse espaço fosse reconhecido como reserva natural da sociedade civil.
Projetos finalistas na categoria Ensino Médio
Na categoria Ensino Médio, o projeto vencedor no Brasil foi o “MovePlus“, desenvolvido por alunos do ensino médio do Centro de Ensino Sesi Gama, no Distrito Federal. Quando perceberam a quantidade de energia elétrica que era gasta no carregamento de celulares, utilizaram um produto à base de energia termocinética, produzida e liberada pelos movimentos do corpo humano, e criaram uma pulseira que armazena a energia gerada e depois a libera para recarregar celulares e tablets. A premissa do projeto é que, segundo estudos da USP, um adulto libera em média três quilowatts-hora por dia. As pulseiras também são recicláveis.
No México, o vencedor da categoria Ensino Médio foi o clube de robótica da CONALEP Veracruz, que realizou uma iniciativa chamada “Tecnologia para o Bem“. O objetivo é causar impacto e conscientizar sobre como a tecnologia e a inovação podem não apenas resolver problemas, mas também inspirar uma mudança positiva na mentalidade das pessoas. Um dos projetos utiliza inteligência artificial para detectar e coletar lixo na água de forma eficiente, contribuindo diretamente para a redução da poluição e a preservação dos ecossistemas aquáticos, promovendo o uso sustentável dos recursos naturais.
No caso da Colômbia, o vencedor foi o “CAFELAB Colômbia“, da Institución Educativa Municipal Montessori (Colômbia). É um projeto que visa reduzir a poluição ambiental gerada por todos os subprodutos da cafeicultura. Após um trabalho de pesquisa anterior, foram desenvolvidas ideias de empreendedorismo cuja base principal são os resíduos sólidos e líquidos do café. Como resultado, foram obtidos protótipos de bebidas aromáticas, herbicidas naturais, bioplástico, energia elétrica, briquetes, obras pictóricas, sabão e utensílios domésticos. Além disso, foram desenvolvidas habilidades comunicativas dos alunos, com participação em eventos regionais, nacionais e internacionais que contribuem para a conscientização das comunidades cafeeiras e a criação de artigos científicos.
UNIR adere ao Prêmio Escolas Sustentáveis
OEI, Santillana e Fundacão Santillana formalizaram uma aliança com Universidad Internacional de La Rioja (UNIR), com sede na Espanha e atuação na América Latina, que se junta ao Prêmio Escolas Sustentáveis. No âmbito desse acordo, a UNIR organizou a Semana de Educação Sustentável, um ciclo de três sessões online para promover a capacitação em sustentabilidade.
Mais de 1.300 projetos inscritos
O Prêmio Escolas Sustentáveis é uma iniciativa criada pela OEI, Santillana e Fundação Santillana que busca identificar, dar visibilidade e reconhecer as escolas mais comprometidas com a sustentabilidade.
Nesta primeira edição, ela está sendo realizada no México, Colômbia e Brasil, onde mais de 1.300 projetos ESG de escolas primárias e secundárias, públicas e privadas, foram inscritos.
Estes dados, juntamente com as mais de 30.000 visitas que o site do prêmio recebeu, evidenciam o crescente interesse das escolas em integrar a sustentabilidade na sua gestão e atividades escolares.
Mais informações: www.premioescolassustentaveis.com