Ressocialização, Autonomia e Protagonismo - RAP é o projeto vencedor da etapa nacional do V Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos

Sob a inspiração do RAP, que significa Rhythm and Poetry, integrantes do Núcleo de Ensino da Unidade de Internação de Santa Maria, no Distrito Federal, desenvolveram e agregaram um outro significado ao gênero musical. RAP de Ressocialização, Autonomia e Protagonismo. O objetivo? Utilizar a musicalidade e a poesia como ferramenta pedagógica emancipadora e capaz de promover os valores da Cultura de Paz e dos Direitos Humanos com suas vinculações históricas a adolescentes que cumprem medida socioeducativa de privação de liberdade na Unidade.

Esse é um pequeno resumo do projeto vencedor da etapa nacional do V Prêmio Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos Óscar Arnulfo Romero, promovido pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e pelo Ministério de Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil.

“Este ano recebemos 141 projetos e gostaríamos de agradecer a todos que participaram. É inspirador ver tantas iniciativas comprometidas com a promoção dos direitos humanos. Graças ao Projeto RAP, muitos jovens têm conseguido bolsas de estudo e conquistado empregos, superando uma fase difícil. Desejamos sucesso na etapa internacional”, parabenizou o diretor do escritório brasileiro da OEI, Leonardo Barchini.

Além do projeto vencedor, outros quatro foram finalistas: Salvador: atendimento acessível, da Prefeitura de Salvador (Bahia); Programa Interinstitucional de apoio a Migrantes e Refugiados Surdos, da Universidade Federal do Oeste do Pará; Nas ramas da esperança: vivificação de solos como estratégia de recuperação do potencial produtivo de áreas degradadas e combate à pobreza extrema, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sertão Pernambucano - Campus Petrolina Zona Rural, e Inovar para transformar: criando futuros transformadores na era da educação Digital por meio das UTECs, da Secretaria de Educação do Recife, também de Pernambuco.

V edição

O foco desta edição é na promoção dos direitos humanos em áreas como coexistência democrática, pluralismo, igualdade racial, étnica ou de gênero, empoderamento de mulheres e meninas, defesa dos direitos dos migrantes, transformação verde e promoção dos direitos humanos no contexto da transformação digital e das redes sociais. 

Como nas edições anteriores, o prêmio tem duas fases: uma nacional, quando são reconhecidas as melhores iniciativas de cada país e uma ibero-americana, onde os três melhores projetos serão premiados: 8 mil dólares para o primeiro lugar, 4 mil dólares para o segundo e 2 mil dólares para o terceiro. 

A premiação será realizada em setembro, no Rio de Janeiro, no V Encontro Ibero-americano de Educação em Direitos Humanos, organizado pela OEI.  

Os vencedores ainda receberão diplomas de credenciamento e serão nomeados embaixadores da Rede Ibero-americana de Educação em Direitos Humanos e para a Cidadania Democrática, promovida pela OEI, podendo ser convidados a apresentar suas iniciativas em outros fóruns e programas.

Desde seu lançamento em 2015, o prêmio já recebeu mais de 1.500 indicações de boas práticas de educação em direitos humanos em toda a Ibero-América.