States of the Future debate a revolução digital e a inteligência artificial no trabalho
Os dois temas foram discutidos em mesas de diálogo nesta quinta-feira, 25. Agentes do governo, academia, setor privado e organizações civis apresentaram propostas para ampliar a presença do Estado num cenário de avanços das tecnologias.
Mesas de diálogos compõem o States of the Future, evento paralelo do G-20, nesta quinta e sexta-feira (25 e 26/7). Nelas, diferentes especialistas – entre representantes do governo, academia, setor privado e organizações da sociedade civil – discutem temas relevantes para a construção de um futuro sustentável. Ao todo, estão programadas quatro sessões de debate e de proposição de soluções, nos dois dias.
Cada uma das mesas de diálogo é composta por cinco ou seis especialistas provocadores, que têm dez minutos para apresentar cenários e estimular o diálogo. Além deles, os painéis contam com um coordenador e um mediador. No encerramento, os responsáveis pelas mesas abordam o que foi discutido e reforçam as recomendações extraídas.
Na mesa sobre ‘Transformação Digital: Inovações e Desafios’, na manhã desta quinta-feira, foram discutidos temas relacionados ao papel do Estado na era das tecnologias da informação. Nela, o ponto de partida foi a crença de que os governos têm papel crucial na condução da revolução digital, sobretudo no fornecimento de visões, investimentos catalisadores e na construção de um ambiente propício.
Algumas questões, no entanto, ainda merecem atenção, como as infraestruturas digitais e a inclusão; a digitalização de operações governamentais; a governança de plataformas; e os investimentos setoriais. Esses foram alguns pontos de questionamento apresentados aos participantes da mesa de negociação.
A mesa foi coordenada pelo presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, e mediado pelo chefe da Assessoria Especial de Cooperação Federativa em Gestão e Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Danilo Bertazzi. A abertura foi da secretária executiva da mesma pasta, Cristina Mori.
Além deles, participaram como provocadores a cofundadora do Aapti Institute, Astha Kapoor; o professor associado da Universidade Federal de Goiás (UFG); Fernando Filgueiras; a professora da Universidade de Oxford e diretora de Políticas Públicas do Instituto Alan Touring para Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Helen Margetts; a professora da Universidad de Castilla-La Mancha (UCLM), María Luz Rodríguez; a fundadora do Instituto da Hora, Nina da Hora; e o secretário de Governo Digital do MGI, Rogério Mascarenhas.
Na tarde de quinta-feira, 25, o tema de debate foi ‘O Futuro do Trabalho no Serviço Público’. Nesse painel, os participantes conversaram sobre os efeitos da automatização do trabalho intelectual, provocada pelo avanço da inteligência artificial. A discussão girou em torno, principalmente, do papel do Estado e da adoção de políticas nesse período de transição da força de trabalho.
A mesa foi coordenada pelo secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, e mediado pelo secretário de Relações do Trabalho também da mesma pasta, José Lopez Feijóo.
Como provocadores participaram o consultor em Economia e Relações Trabalhistas da consultoria Camargos Rodrigues, Carlindo de Oliveira; o secretário de Serviço Público do Chile, Felipe Melo; o diretor executivo da Governance Solutions International; Guido Bertucci, e a professora assistente da Hertie School, Luciana Cingolani.
O States of The Future é realizado pelos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), das Relações Exteriores (MRE), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A organização é da Maranta e da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI). Apoiam o States of the Future a Open Society Foundations e a República.org.