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A OEI lança uma convocatória para a publicação e divulgação de artigos científicos em espanhol e português

A OEI lança uma convocatória para a publicação e divulgação de artigos científicos em espanhol e português

15 de outubro de 2020

Portugal

A OEI, no âmbito do seu Programa Ibero-americano de Difusão de Língua Portuguesa (PIDLP), apresenta a Convocatória para a Publicação e Divulgação de Artigos Científicos sobre educação, ciência e cultura.

A Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), no âmbito do seu Programa Ibero-americano de Difusão de Língua Portuguesa (PIDLP), apresenta a Convocatória para a Publicação e Divulgação de Artigos Científicos sobre Educação, Ciência e Cultura em línguas espanhola e portuguesa publicados em outras línguas diferentes do português e espanhol por investigadores ibero-americanos

A proposta responde à necessidade de apreciação e valorização da investigação produzida em espanhol e em português no espaço ibero-americano e procura reforçar a sua presença, promover a sua visibilidade e ressaltar a importância da diversidade linguística e cultural no âmbito científico através da cooperação internacional.

Do mesmo modo, esta iniciativa procura constituir um banco de artigos científicos preparados por investigadores da região e publicados em revistas científicas em outras línguas que não espanhol e português, com o objetivo de divulgar o conhecimento produzido nestes dois idiomas a nível internacional.

A convocatória faz parte do modelo convergente de bilinguismo do espanhol e do português em convivência com outras línguas que a OEI promove à escala internacional, ao mesmo tempo que encoraja o desenvolvimento de ações de apoio à divulgação de trabalhos e investigações da Ibero-América em espanhol e português.

Poderão concorrer a esta iniciativa autores em forma individual ou conjunta, docentes e investigadores de qualquer categoria em universidades dos países ibero-americanos membros da OEI: Andorra, Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Guiné Equatorial, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Os artigos poderão incidir sobre:

  • Cooperação, geoestratégias, geopolíticas em línguas espanhola e portuguesa e multilinguismo
  • Competências digitais e comunicativas no âmbito da Agenda 2030
  • Movimentos migratórios, línguas e cultura a partir da dimensão intercultural
  • Educação e produtividade: situação na Ibero-América e perspectivas de futuro
  • Acesso Aberto e repositórios científicos
  • Impactos e projeções sobre o Covid-19 na educação, na ciência e na cultura

O prazo de apresentação  das propostas para tradução, publicação e difusão permanecerá aberto de forma permanente.

Aceda à convocatória e detalhes de participação neste link.

Uma vez aceites, os artigos serão publicados no website Novo Conhecimento Ibero-Americano da OEI e divulgados através dos canais de comunicação e redes sociais da organização.

O papel das línguas na divulgação científica

O campo científico é um espaço estratégico, no qual se estabelece uma predominância quase absoluta de uma língua, o inglês, como um modelo monolingue que restringe o caminho de outras línguas, o que tem consequências e um elevado impacto no contexto social, educativo, científico e cultural.  É, portanto, essencial procurar mecanismos que conduzam a um carácter multilingue renovado que reforce as estratégias discursivas e modelos culturais de fazer ciência e educação. Neste sentido, a publicação em pelo menos duas línguas científicas reconhecidas internacionalmente garantiria uma maior divulgação e visibilidade dos autores, das suas investigações e, em geral, das publicações e repositórios científicos em que estão alojados, aumentando o seu alcance, acesso, leitura e visibilidade, promovendo espaços de diálogo de intercâmbio e debate e tornando-os acessíveis a um maior número de pessoas.

Mais de 840 milhões de pessoas no mundo falam espanhol e português como sua primeira ou segunda língua, mas a sua presença na produção científica é marginal. O que se perde quando as línguas são postas de lado?

O espanhol e o português representam 11% da população mundial, mas no campo científico, ambas as línguas representam pouco menos de 1% da produção total. 

A ciência e o ensino superior são áreas estratégicas em que o impacto da preponderância linguística se reflete. Embora a participação dos países de língua espanhola e portuguesa na produção científica mundial tenha aumentado desde 1996, estudos recentes mostram que os artigos e a investigação em espanhol e português são relegados para níveis secundários na área internacional.

Por outro lado, o processo de circulação do conhecimento no campo científico como espaço específico de domínio e utilização de certas línguas promove, simultaneamente, desigualdades em relação aos locais de produção do conhecimento. Neste sentido, localizar cientistas de várias geografias, origens, culturas e contextos sociais numa única língua implica o grande custo de perderem as suas próprias formas de comunicar e transmitir as suas ideias, reflexões, discursos e narrativas, mas também de os dissociar das suas identidades culturais.

O espanhol e o português no mundo

O Anuário “El español en el mundo 2019” editado pelo Instituto Cervantes, apresenta o espanhol como a língua falada por 580 milhões de pessoas, 7,6 % da população mundial, 483 milhões de nativos. É a terceira língua mais utilizada na internet depois do inglês e do chinês

O Novo Atlas da Língua Portuguesa publicado em 2018, regista 260 milhões de pessoas falantes da língua portuguesa em quatro continentes, correspondentes a 3,7 % da população mundial e com tendência a um importante crescimento. É a quinta língua mais utilizada na internet e a terceira nas redes sociais.

A reconhecida base de dados  Science Citation Index Expanded (SCI), tem indexadas mais de 8.800 revistas especializadas procedentes de mais 150 disciplinas científicas com mais de 7 milhões de artigos publicados entre 2009 e 2015, e cerca de 97% desta produção está em inglês. Nesse mesmo período a percentagem de publicações em espanhol era de 0,42 % e em português de 0,30%.

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