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A Revolução Digital na Educação: a reação à Pandemia e a adaptação digital do Sistema de Ensino em Portugal, esteve em debate no Prós e Contras da RTP1

A televisão pública promoveu um debate sobre o processo de educação não presencial como resposta à pandemia que obrigou à paragem das aulas presenciais e como esta experiência transformou o processo educativo e contribuirá para melhor compreen…

 

A televisão pública promoveu um debate sobre o processo de educação não presencial como resposta à pandemia que obrigou à paragem das aulas presenciais e como esta experiência transformou o processo educativo e contribuirá para melhor compreender as mudanças necessárias, o impacto nos currículos e na organização letiva a partir do próximo ano. Este debate contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, João Costa, do Diretor do Laboratório Reimagine Education, Xavier Aragay,  do Presidente da Pró-Inclusão – Associação Nacional de Docentes de Educação Especial David Rodrigues, das Diretoras dos Agrupamentos de Escolas de Alcanena e de Santarém, uma Encarregada de Educação e um Presidente de Associação de Estudantes.

Durante o debate o Secretário de Estado João Costa realçou a enorme capacidade de adaptação do sistema educativo em Portugal, destacando o papel central neste processo de professores e de diretores de escolas. Sublinhou ainda que a experiência das últimas semanas veio corroborar as constatações que já se vinham fazendo sobre as mudanças necessárias no setor. Nesse sentido, referiu os mais importantes documentos orientadores da política educativa em Portugal e papel que tiveram na reação imediata à Pandemia e na resposta a médio prazo, nomeadamente o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade, a autonomia das escolas, a flexibilidade curricular e a inclusão, bem como o processo de transição digital que agora ganhou uma especial aceleração. João Costa referiu a importância da Escola como sede do conhecimento, o seu papel social  fundamental no processo de inclusão e a valorização de competências como a autonomia que potenciam a cidadania e a aquisição de conhecimento, traços que se tornaram ainda mais relevantes na presente situação.

Xavier Aragay classificou este período como de “ensino remoto de emergência” diferente do necessário planeamento de uma Escola adaptada à sociedade futura. O Professor David Rodrigues referiu que este momento poderá ser um acelerador de mudança, que terá de ser tecnológica, mas também pedagógica e que a transição digital tem de ser feita envolvendo as famílias, constatando ainda o fosso entre o modo como se aprende na sociedade e na Escola, que importa resolver.

Foram identificados alguns eixos essenciais da escola do futuro, que passam por uma escola centrada nas pessoas (inclusão, desenvolvimento de competências sociais e emocionais e de conhecimento baseado em conteúdos, intencionalidade do processo educativo), uma escola que assuma a sua autonomia e ligação ao contexto, em que a abordagem é interdisciplinar e se trabalha a intencionalidade educativa, os horários e organização são mais flexíveis, com uma complementaridade assumida entre o on-line e o presencial.

Sobre a conclusão do corrente ano letivo foi dada ênfase ao facto de ter sido maioritariamente presencial e de todo o processo de adaptação e respostas dever ser tidas em conta no seu encerramento e avaliação. O ano letivo 2020/2021 está já em preparação tentando que as aprendizagens deste período possam ser úteis na construção de uma nova escola, nomeadamente a abordagem ao currículo, o digital e as competências fundamentais.

Poderá aceder à gravação do programa, aqui.