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Projetos

Agência Espacial Portuguesa vai presidir à Rede Ibero-americana de Agências Aeroespaciais da OEI

Agência Espacial Portuguesa vai presidir à Rede Ibero-americana de Agências Aeroespaciais da OEI

16 de maio de 2024

Secretaria-Geral | Portugal

Ciência

A Rede Ibero-Americana de Agências Aeroespaciais, coordenada pela OEI, realizou esta quinta-feira, em Lisboa, a sua primeira reunião. Ricardo Conde, presidente da Agência Espacial Portuguesa, foi eleito presidente do Conselho Diretivo da Rede graças ao trabalho desempenhado junto da OEI na preparação dos primeiros estatutos e raio da ação.

Na sua intervenção, Ricardo Conde destacou o papel que a Rede terá num contexto da corrida espacial enquanto arena para uma nova economia onde surgirão importantes avanços tecnológicos. “A Rede fomentará o diálogo, a diplomacia espacial, uma aproximação entre Estados, a academia e as empresas que protagonizarão esta economia espacial, sem nunca esquecer a necessidade de garantir que todos os projetos são positivamente impactantes do ponto de vista social e ambiental”.

Um Plano de Ação que transforma diálogo em ação

No centro deste primeiro encontro esteve a apresentação e discussão do Plano de Ação da Rede. Para a Diretora-Geral de Ensino Superior e Ciência da OEI, Ana Capilla, que tem vindo a coordenar a constituição da Rede, importa garantir que este fórum seja uma plataforma de aproximação e diálogo que se transformem em ações concretas. Para isso, “é fundamental a existência de um plano que torne a Rede num instrumento capaz de servir as agências”. Nessa medida, a OEI “servirá enquanto congregadora de esforços e organizadora dos momentos, trabalhos e estudos da Rede”, continuou Ana Capilla.

Convidando todos os países participantes na Assembleia, a especialista de políticas públicas da OEI, Paula Sanchéz Carretero, apresentou as traves-mestras do que será o Plano de Ação da Rede Ibero-Americana de Agências Aeroespaciais. Um plano que apostará fortemente nas atividades formativas com o objetivo de fortalecer capacidades e reter o talento oriundo da região, apostando em temas como a robótica, infraestruturas planetárias, sustentabilidade e aplicações da investigação espacial na luta contra a crise climática.

Por outro lado, pretende-se tirar total partido das pontes construídas através da rede, por forma a que daqui possam surgir projetos conjuntos que tornem a região mais competitiva e geradora de conhecimento.

Só dessa forma, defendeu-se, será possível criar um verdadeiro clima de cooperação que leve, por exemplo, a uma política aberta de partilha de dados de observação da Terra que beneficiará todas as partes na gestão dos seus territórios, na prevenção de catástrofes naturais cada vez mais comuns, na luta contra as alterações climáticas e na melhoria generalizada da qualidade de vida das populações através da exploração espacial.  

Estudo de diagnóstico releva grandes oportunidades na região

Nesta primeira reunião, Andrés Catalán, da Plataforma Aeroespacial Espanhola, apresentou o estudo de diagnóstico sobre as valências e capacidades da região, promovido pela OEI, que revela que boa parte dos países da Ibero-América, incluindo Portugal, já apresentam agências bastante desenvolvidas, com capacidade de apoio e implementação de projetos e captação de investimento.

A região apresenta um grande potencial aeroespacial graças ao nível de desenvolvimento de vários dos seus países. A Ibero-América apresenta também capacidade de criação e oferta de serviços downstream, ou seja, aqueles que dependem diretamente de infraestruturas espaciais e de dados recolhidos através de satélites. Exemplos disso são as telecomunicações, a navegação por satélite, a análise meteorológica ou a prevenção contra grandes eventos meteorológicos potencialmente causadores de catástrofes humanitárias.

Nessa medida, a heterogeneidade dos setores da atividade espacial a que os vários países da região ibero-americana se dedicam pode ser uma verdadeira vantagem. Com países mais dedicados ao desenvolvimento de grandes satélites e lançadores; outros à operação de satélites geoestacionários, outros ainda ao desenvolvimento de satélites LEO (sigla inglesa para baixa órbita terrestre) ou à gestão de satélites tipo Cubesat, a região apresenta condições para, como um todo, desempenhar um papel de enorme relevo no panorama Espacial.

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