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Bolsas-viagem mudam a vida de estudantes e impactam as relações com países de língua portuguesa
10 de outubro de 2022
Portugal
Educação e Formação Profissional
Realizou-se o encontro online entre os mais recentes bolseiros beneficiários da Bolsa-Viagem da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), para uma sessão de partilha sobre os impactos da mobilidade na sua vida profissional e para o fortalecimento de relações entre os países de língua portuguesa.
Participaram nesta reflexão, que testemunha na primeira pessoa as oportunidades que este programa proporciona aos estudantes, quatro bolseiros do segundo semestre do ano letivo 2021/2022.
Pedro Augusto Oliveira da Universidade Federal de Uberlândia em Minas Gerais, no Brasil, do curso de Ciências Biológicas, efetuou mobilidade para Universidade de Aveiro e refere que acredita “ser de extrema importância a missão do Programa em estreitar as relações dos países de língua oficial portuguesa. Pude ter contato com diversos estudantes e professores falantes da língua, desenvolver amizades e discutir diferentes realidades. Foi um bom intercâmbio cultural”.
Luiza Demiquei Gonzatti da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Brasil, do curso de Psicologia, esteve no Instituto Universitário da Maia e relata que “A oportunidade de estudar em outro país é, sem dúvida, uma das experiências mais ricas, desafiadoras e gratificantes. Contribuiu de forma imensurável para ficar uma profissional mais empática, com maior conhecimento de mundo.”
Keneth José Inácio oriundo da Universidade Joaquim Chissano, em Moçambique, do curso de Administração Pública, esteve no Instituto Politécnico de Leiria e refere que “participar no Programa Mobilidade AULP foi uma experiência inesquecível e com grande impacto para a minha vida pessoal, académica e profissional. Olhando para as minhas condições financeiras, sem o apoio da Bolsa de Viagem OEI-AULP não seria possível deslocar-me para Portugal.”
Lucas Neto Gonçalves da Silva da Universidade Federal Fluminense, também no Brasil, do curso de Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, esteve em mobilidade no Instituto Politécnico de Santarém e testemunha que “foi uma experiência única na minha formação. Através do programa da AULP e Bolsa de Viagem OEI-AULP pude conhecer um novo país, diversas culturas, crescer profissionalmente, ampliar a minha visão de mundo, encontrar velhos e novos amigos, e interagir com pessoas de todo o mundo”.
Este apoio decorre do Protocolo de Cooperação assinado a 27 de maio de 2015 entre a OEI e a AULP, e apoia mobilidades académicas para a internacionalização do conhecimento, para a melhoria da qualidade da aprendizagem e das competências dos estudantes, na perspetiva da sua preparação para o mundo laboral, bem como para o reforço das relações entre instituições de ensino superior de todo o mundo. São elegíveis estudantes universitários de 1.º e 2.º graus, equivalente a licenciatura e mestrado dos países da CPLP que queiram frequentar uma universidade no Brasil ou em Portugal. A atribuição destas bolsas visa facilitar o processo de deslocação dos estudantes para os países onde ficarão a estudar em mobilidade.
No total e neste quadro, a OEI já atribuiu 17 bolsas, das quais estão em curso três para este ano letivo: uma estudante brasileira de Biotecnologia na Universidade do Algarve; e de dois moçambicanos, um em Medicina na Universidade Federal de Ciências da Saúde, em Porto Alegre e outro de Engenharia Hidráulica Agrícola e Água Rural no Instituto Politécnico de Beja. Foram atribuídas em anos anteriores outras 10 Bolsas, destas, cinco em 2020-21 outras cinco em 2021-22.