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Dia Internacional da Literacia (ou Alfabetização): reflexões de uma pandemia

Dia Internacional da Literacia (ou Alfabetização): reflexões de uma pandemia

08 de setembro de 2020

Portugal

A OEI junta-se à celebração do Dia Internacional da Literacia (ou Alfabetização), com o objetivo de celebrar e tornar visível o progresso feito pela região ibero-americana neste campo.

Este ano, a OEI junta-se novamente à celebração do Dia Internacional da Literacia (ou Alfabetização), com o objetivo de celebrar e tornar visível o progresso feito pela região ibero-americana neste campo.

Desde o primeiro Programa Ibero-americano de Alfabetização e Educação Básica de Adultos (PAEBA), a OEI tem trabalhado em conjunto com os Ministérios ibero-americanos da Educação para melhorar o acesso, a qualidade e a abrangência da alfabetização, aprendizagem ao longo da vida e educação de jovens e adultos. Quase três décadas de esforços partilhados e melhorias substanciais no analfabetismo e nos rácios de escolaridade inacabada na região.

No entanto, embora os desafios encontrados até agora não tenham sido poucos nem menores, este 8 de setembro é diferente de todos os outros. A pandemia da COVID-19 colocou os sistemas educativos em toda a Ibero-América sob pressão, interrompendo as aulas presenciais, ameaçando a continuidade de muitos estudantes (especialmente raparigas e mulheres jovens) e realçando as assimetrias digitais existentes.

A este respeito, durante este período, a OEI realizou várias reuniões regionais com os ministérios responsáveis pelas línguas e culturas indígenas, programas curriculares e professores. Estas reuniões virtuais demonstraram que os desafios são comuns a muitos dos países. Problemas como a dificuldade de acesso a certos territórios, devido à dispersão territorial e à inacessibilidade na orografia, a má adaptação dos materiais de formação ao público a que são dirigidos, a elevada rotatividade dos professores, o fosso digital e também tecnológico, e a fraca formação de professores, entre outros, tornaram-se mais evidentes nos últimos meses. As dificuldades não são novas; a pandemia apenas revelou os desequilíbrios e as vulnerabilidades existentes, que dificultam o progresso na região.

A OEI continuará a acompanhar os Ministérios da Educação, oferecendo espaços de diálogo, formação e partilha entre profissionais de diferentes países através da cooperação Sul-Sul, como tem feito desde o início da pandemia, através de um portal de recursos digitais para todos os níveis de educação.

Além disso, há também motivos para ter esperança e otimismo. Uma das lições a reter da pandemia da COVID é a importância da cooperação, como tem sido evidente nas discussões nestas reuniões, através da vontade de colaborar e juntar esforços para responder aos desafios partilhados por muitos dos países da Ibero-América. Outro aspeto que merece ser destacado é a adaptabilidade e a capacidade de resposta rápida que os sistemas educativos têm demonstrado. Num curto período de tempo, as aulas virtuais (online, rádio ou televisão) generalizaram-se, introduzindo e alargando o ensino e a aprendizagem à distância. Como resultado, a inovação e a digitalização da educação foram introduzidas e irão continuar e aprofundar-se.

A educação tem um potencial transformador que é precisamente o que o tempo que estamos a viver exige de nós. Uma educação que responda aos desafios presentes e futuros deve ser oferecida, ou seja, uma educação resiliente e inclusiva. A capacidade de adaptação a estes desafios determinará o sucesso na tarefa de criar oportunidades de desenvolvimento humano e de garantir uma educação de qualidade para todos, não deixando ninguém para trás.

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