Diretora da OEI em Portugal encerra a primeira edição do Fórum Futurália
A Diretora da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) em Portugal, Ana Paula Laborinho, esteve esta manhã na Feira Internacional de Lisboa para presidir à sessão de encerramento do Fórum Futurália.
Nesta primeira edição, o Fórum foi dedicado à reflexão sobre a necessidade de garantir a igualdade de acesso à educação perante a revolução que agora se começa a operar no mercado de trabalho, sob o mote “Ninguém fica para trás. Educação para todos”, tendo como grande foco a sustentabilidade na educação e aprendizagem ao longo de vida.
Cientes de que as transições digital e climática, em conjugação, mudarão indelevelmente o mercado de trabalho, o tipo de empregos e as competências necessárias, o Fórum Futurália procurou debruçar-se sobre como garantir que ninguém é esquecido nessa transição.
Ana Paula Laborinho falou da necessidade de “subverter os modelos de ensino”, adaptá-los a novas necessidades e às novas gerações, tendo em vista uma mudança a nível local e nacional, mas também num patamar global, no qual as organizações internacionais têm um papel-chave.
Para além disso, a Diretora da OEI em Portugal salientou a importância da realização e satisfação profissional para gerar maior motivação no mercado laboral, destacando o trabalho do Instituto Ibero-americano para a Educação e Produtividade, cujo objetivo é melhorar a competitividade e produtividade da região, apostando nas áreas da Educação e da Ciência.
Ao longo da manhã de sexta-feira, 24 de março, o Fórum Futurália contou com a presença de personalidades como o Ministro da Economia, António Costa Silva; o Presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos; ou Carlos Oliveira, da Fundação José Neves.
Nos seus vários painéis, procurou-se perceber, entre muitas outras questões, que métodos podemos criar para garantir acesso igualitário à educação apesar das desigualdades de rendimento das famílias, como promover a integração de jovens marginalizados, como inovar nos modelos educativos e adaptá-los a nativos digitais, que competências importa promover nesta era de transição digital ou como lutar contra o cada vez maior desajuste entre oferta e procura de trabalho.
Foi analisado o processo de atração, gestão e valorização de talentos e qual o papel do recrutamento; que pode acrescentar a cooperação Academia-Empresas na criação de conhecimento, ou se é necessário um Pacto para as Competências, que permita uma base de trabalho consensualizada, incluindo novos modelos de ensino e aprendizagem.
Ao longo dos trabalhos foram apresentados alguns exemplos de iniciativas inovadoras de desenvolvimento de competências e processos de investimento significativo de reskilling – upskilling.
Assim, o objetivo foi desenvolver e dinamizar um espaço de reflexão e interação para professores, decisores políticos e institucionais, dirigentes, associações e alunos sobre o papel da educação e do conhecimento, em sintonia com o Ano Europeu das Competências.