![Comissão Europeia destaca projeto Escolas Bilingues e Interculturais de Fronteira, impulsionado pela OEI](https://oei.int/downloads/representations/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaHBBdk45IiwiZXhwIjpudWxsLCJwdXIiOiJibG9iX2lkIn19--38b1f91f4ba15e4fcaad0953f0a85bade430d9a5/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaDdCam9MY21WemFYcGxTU0lOTmpBd2VEWXdNRDRHT2daRlZBPT0iLCJleHAiOm51bGwsInB1ciI6InZhcmlhdGlvbiJ9fQ==--1fac0e07b76f4bb5876286d5c1939ccb6716065b/53790753023_149d57b95d_k.jpg)
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Projetos
14 de junho de 2024
Secretaria-Geral | Portugal
Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola
As Escolas Bilingues e Interculturais de Fronteira, projeto impulsionado pela Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), concluíram mais um ano letivo, nos dias 13 e 14 de junho, com um encontro que juntou seis dezenas de docentes em Xinzo de Limia, na Galiza.
O encontro organizado pela Xunta de Galicia, estreante no projeto, foi um espaço para partilha de experiências, aproximação das comunidades fronteiriças e promoção do multilinguismo que caracteriza a fronteira terrestre entre Portugal e Espanha. Como destacou Helena Araújo e Sá, uma das consultoras científicas do projeto, a visão do conceito de fronteira é a de “lugar de encontro, de criação e de valorização das diversidades”, através de parcerias com diversas instâncias – governamentais, comunitárias, académicas.
Os docentes representantes das várias escolas e agrupamentos apresentaram as atividades desenvolvidas ao longo dos últimos meses. Nesta iniciativa, depois de identificadas as escolas participantes, são criados pares entre centros escolares espanhóis e agrupamentos portugueses, que colaboram ao longo do projeto.
Entre roteiros de zonas transfronteiriças, menus que combinam a gastronomia das várias regiões, videochamadas de grupo, visitas e encontros presenciais em escolas, ficou assente a ideia de que a fronteira une na diversidade.
Na sessão de encerramento, Ana Paula Laborinho, diretora-geral do Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola da OEI, afirmou que este encontro “responde à vontade de aproximação e trabalho conjunto entre escolas, professores, alunos dos dois lados de uma fronteira que como alguém disse, é apenas uma cicatriz da história.”
Participaram no Encontro autoridades do concelho de Xinzo de Limia, do Conselho de Educação de Castela e Leão, da Delegação de Educação da Província de Badajoz, da Direção-Geral de Educação do Ministério de Educação, Ciência e Inovação de Portugal e do Conselho de Educação da Galiza.
Sobre as Escolas Bilingues e Interculturais de Fronteira
O projeto surgiu em 2020, impulsionado pela Direção-Geral de Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola da OEI. A rede de Escolas de Fronteira conta, atualmente, com 56 escolas, mais de uma centena de docentes e cerca de 1500 estudantes. Encontra-se em regiões e distritos de Portugal, por exemplo, em Ponte de Lima, Sabugal, Monção, e nas comunidades autónoma de Andaluzia, Castela e Leão, Extremadura e, agora, Galiza.
As Escolas Bilingues e Interculturais de Fronteira, um projeto resultante de um memorando assinado entre os ministérios de Educação de Portugal e Espanha, foi destacado recentemente pela Comissão Europeia enquanto exemplo de boas-práticas de cooperação transfronteiriça.
Os objetivos do projeto são promover a cooperação entre Portugal e Espanha, desenvolver processos de capacitação e formação contínua de docentes nas áreas do bilinguismo e interculturalidade, contribuir para a investigação educativa e inovação pedagógica, criar e divulgar recursos pedagógicos, promover a criação de redes e partilha de recursos em zonas de fronteira, consolidade a gestão e o desenvolvimento da oferta curricular.