“Há muita exclusão na América Latina”, afirmou Mariano Jabonero em encontro de alto nível em Lisboa

O Secretário-Geral da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), Mariano Jabonero, participou na quarta-feira, 21 de maio, na abertura do XIV Encontro Triângulo Estratégico, em Lisboa.
Ao lado de Paulo Neves, presidente do Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas (IPDAL), Jabonero abriu a 14ª edição deste encontro de alto nível que reúne autoridades e especialistas da cooperação internacional para refletir sobre a triangulação Europa-África-América Latina.
A sessão de abertura foi dedicada às oportunidades e desafios das organizações internacionais. O Secretário-Geral da OEI destacou a elevada polarização que se vive na América Latina, assim como o alto nível de pobreza. No entanto, mantém uma perspetiva otimista sobre o futuro da região, destacando o papel da OEI na criação de consensos.
“É importante gerar diálogo, valores democráticos”, disse Mariano Jabonero, salientando o trabalho da plataforma Ibero-América em Democracia promovida pela OEI, cujo trabalho será divulgado nos meios de comunicação tradicionais e digitais, para alcançar os jovens. “Os jovens nas universidades são uma força muito importante e precisamos de criar espaços de debate sobre temas que determinam as suas vidas”, acrescentou.

Para Jabonero, “a cultura é a nossa fortaleza” e é a partir daí que devemos gerar pontes, laços comuns, trabalhando para estabelecer diálogos com todos os países da região, sem exceções, com o objetivo de consolidar a força da Ibero-América. “Não somos o centro do mundo, não somos nenhuma das potências, mas somos o resto do mundo – a maioria”, acrescentou.
Na sua intervenção, sublinhou ainda o trabalho da OEI na cooperação triangular, dando o exemplo da próxima edição da Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola (CILPE) que terá lugar em Cabo Verde, em novembro deste ano.
A diretora da OEI Portugal, Ana Paula Laborinho, esteve hoje a participar no encontro num painel sobre “Educação cívica e inovação no Atlântico”.
