Itinerário da RTA na Guiné-Bissau será lançado em novembro
Já estão identificados vários locais que farão parte do itinerário da Rota dos Tambores do Atlântico (RTA), em Bissau, com estreia prevista para a segunda metade de novembro.
A RTA vai estar presente na 2ª edição Terra-Fogo no DJINTIS – Festival Internacional de Artes Cénicas de Bissau, de 17 de novembro a 7 de dezembro. O epicentro das atividades será o Ur-GENTE, Centro de Artes Cénicas Transdisciplinar de Bissau, parceiro do projeto da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI).
Durante os dias do festival, a Rota será testada, pela primeira vez, aproveitando os vários visitantes nacionais e internacionais que estarão na cidade. O roteiro já começou a ser definido, incluindo, passagem por vários negócios, locais de artesania, grupos culturais e associações ligados aos tambores e à RTA.
A par da formação de agentes culturais que está a realizar-se online, irá decorrer uma formação dedicada aos guias que farão a apresentação e acompanhamento da Rota em Bissau, que deverá decorrer nas próximas semanas. Para além disso, também já está formado o grupo Amigos da Rota destinado a tocadores, artesãos ou locais de gastronomia associados à RTA.
RTA na América do Sul
No outro lado do Atlântico, também se aproximam mais atividades no âmbito da RTA. O Rio de Janeiro será palco, em dezembro, de um grande evento público que incluirá o lançamento da edição de 2025 do Jornal dos Vizinhos, apresentações culturais, rodas de conversa e a visita inaugural à Rota dos Tambores do Atlântico na Pequena África.
Estas ações fazem parte do programa “Vizinhos do MAR”, iniciativa do Programa Redes e Territórios da Escola do Olhar, que procura fortalecer a identidade cultural da região portuária e valorizar os saberes e tradições locais. Entre as atividades realizadas destacam-se o curso “Do MAR para dentro: a Pequena África como passado-presente”, desenvolvido em parceria com o Laboratório de Estudos Africanos (LEÁFRICA/UFRJ), e as oficinas “Cartografias – Os Sons da Pequena África”, que têm vindo a mapear os principais pontos e memórias que darão forma à Rota dos Tambores do Atlântico no território.
A partir destas formações, está a ser desenvolvido um dispositivo artístico-pedagógico inspirado nos sons e nas imagens dos tambores, pensado para aproximar crianças, jovens e educadores dos processos de valorização cultural.
Assim, a RTA continua a compor o seu percurso, fortalecendo pontes entre a América Latina e África, reafirmando o tambor como símbolo de travessia, resistência, identidade e diálogo entre as margens do Atlântico.
