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Institucional/OEI

'Juntar forças' entre a comunidade lusófona e hispânica para garantir a sobrevivência do português e espanhol na era da Inteligência Artificial

'Juntar forças' entre a comunidade lusófona e hispânica para garantir a sobrevivência do português e espanhol na era da Inteligência Artificial

15 de março de 2024

Secretaria-Geral | Portugal

Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola | Desenvolvimento Social, Institucional e Cooperação

Ismael Gómez García, diretor da Estratégia Digital Global da Organização de Estados Ibero-americanos, e Ana Paula Laborinho, diretora do Multilinguismo da OEI, participaram esta sexta-feira, 15 de março, na 16ª Conferência Internacional de Processamento Computacional do Português, em Santiago de Compostela, para discutir o futuro da língua portuguesa na era da Inteligência Artificial.

A diretora e o diretor da OEI fizeram parte do painel de discussão “Inteligência Artificial e o futuro da Língua Portuguesa”, que se realizou na Universidade de Santiago de Compostela e teve transmissão online. O debate procurou refletir sobre políticas públicas, ações necessárias e conjuntas para proteger e promover a língua portuguesa. 

Ana Paula Laborinho salientou que para a OEI “o temas das Línguas é essencial” e explicou o trabalho que tem sido feito para debater políticas linguísticas através, por exemplo, das Conferências Internacionais de Língua Portuguesa e Espanhola ou da investigação sobre a presença das línguas indígenas no mundo digital. Destacou que a grande preocupação é garantir que as novas tecnologias não aumentem as desigualdades e o fosso entre línguas e populações. Para isso, sublinhou a necessidade de cooperação entre línguas, sobretudo, entre línguas próximas como o português e o espanhol, ou o galego, idioma usado na conferência. 

Para Ismael Gómez García, o trabalho da OEI é também “empoderar os falantes das línguas” o que tem impacto no desenvolvimento económico da região ibero-americana. De acordo com o diretor da OEI, “os artistas da Ibero-américa têm tendência para ocultar a sua identidade cultural, porque a veem como uma desvantagem” na hora de ingressar no mercado da indústria, ressaltando o aspeto económico da língua. 

O debate moderado por António Branco, professo e investigador da Universidade de Lisboa, contou também com a participação de Valentín García, secretário-geral de Política Linguística da Junta da Galiza, e Cláudio Pinhanez, da IBM e vice-diretor da C4AI. O representante da Galiza destacou que a língua está no centro de todas as tecnologias que estão a ser desenvolvidas a partir da Inteligência Artificial e é necessário que as políticas públicas se foquem também na socialização das tecnologias, garantindo que estão ao alcance da cidadania. Cláudio destacou a necessidade de “juntar forças” entre as comunidades de falantes de português e espanhol para fortalecer a ação no âmbito da Inteligência Artificial, referindo a importância de “reduzir o valor da língua invasora” junto das comunidades indígenas de modo a preservar e promover os idiomas originários. 

A Conferência contou com a participação de cerca de 100 pessoas em formato presencial e online. Prevê-se que seja lançado um apelo oficial da comunidade científica da área da Inteligência Artificial no sentido de reforçar a importância de incluir decisores políticos nestas conversas, alertando para a importância de políticas linguísticas na era digital. 

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