Noite da Literatura Ibero-Americana da OEI continua a conquistar novos públicos
Após duas edições de sucesso, a Noite da Literatura Ibero-Americana (NLIA) continua a crescer e a atrair novos públicos em Lisboa.
“Leitura, novos rumos, novos desafios” foi o tema da III Noite da Literatura Ibero-Americana, iniciativa cultural que junta a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) e a Fundação José Saramago (FJS), que decorreu nos passados dias 15 e 16 de outubro. Mais de 350 pessoas assistiram às atividades com um cartaz composto por cerca de 30 escritoras e escritores, editores e músicos de 12 países.
O lobby do Hotel Tivoli Avenida Liberdade acolheu a sessão de abertura com um espetáculo de música e poesia “Colômbia, um país que sonha”. O local, que pelo segundo ao consecutivo volta a ser palco das atividades da NLIA, registou uma grande adesão e despertou curiosidade para o dia que se seguia, com um programa recheado.
A zona do Príncipe Real foi o cenário das atividades do segundo dia da Noite, com atividades na Biblioteca da Imprensa Nacional, um espaço com mais de dois séculos, no Jardim Botânico de Lisboa e no Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa. Todos os espaços atingiram a capacidade máxima, com debates sobre o lugar da leitura e da poesia nas sociedades contemporâneas, novas formas de leitura, as influências do entorno na criação literária ou a experiência dos jovens poetas na atualidade. Para além disso, declamações da obra de autores históricos da poesia portuguesa, leituras, música e conversas entre escritores e público marcaram a Noite. Houve ainda tempo para alguns autógrafos.
A NLIA terminou da mesma forma que começou, com um concerto. O Teatro Thalia recebeu um fim de noite dedicado à guarania, um género musical típico do Paraguai reconhecido como Património Imaterial da UNESCO no final de 2024, caracterizado por melodias “com alma “ ao som da harpa e da guitarra. Os músicos Emilio Garcete, Hugo Irrazábal, Diego Vera e Ariel Quiñonez entreteram uma casa cheia durante mais de uma hora, oferecendo também alguns momentos de polka paraguaia, um género mais ritmado e animado.
A III Noite da Literatura Ibero-Americana, curada por Lauren Mendinueta, teve o apoio das Embaixadas da Colômbia, Espanha e México, do Consulado-Geral do Paraguai, Hotel Tivoli Avenida Liberdade, Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Univerdade de Lisboa e da Imprensa Nacional.
