OEI participa na XIV Convenção da Rede Portuguesa de Responsabilidade Social das Organizações em Lisboa
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Decorreu em Lisboa, no Centro de Âmbito Cultural do El Corte Inglês, no dia 25 de janeiro, a 14ª Convenção Anual da Rede Portuguesa de Responsabilidade Social das Organizações (RSO PT), com o tema central “Competências, produtividade e salários em Portugal”. O encontro reuniu entidades públicas, empresas, autarquias, universidades, associações e outras organizações da sociedade civil e contou com a participação de empresários/as, dirigentes, autarcas, e especialistas de diversos sectores.
A diretora do escritório da OEI em Portugal, Ana Paula Laborinho, participou no painel I, “Que competências para o Futuro?”. Apresentou a estratégia e linhas de ação da organização neste domínio, o trabalho sobre competências, a ação do Instituto Ibero-americano de Educação e Produtividade (IFAC) e vários estudos lançados recentemente sobre a matéria.
A XIV Convenção foi uma iniciativa conjunta da Rede RSOPT, da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego CITE, da Fundação AIP e da Universidade Aberta (UA). A abertura dos trabalhos contou com a participação do Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, do Diretor-Geral do El Corte Inglês, Enrique Hidalgo, da Presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego CITE, Carla Tavares. O Professor Augusto Mateus (ex-Ministro da Economia) proferiu uma conferência sobre o tema central da Convenção.
A responsabilidade social das organizações é entendida de uma forma transversal, com padrões de atuação ao nível ambiental, social e de governação e gestão. Os trabalhos permitiram abordar os constrangimentos, mas também as estratégias e compromissos que ao nível das empresas, da Educação, da Ciência e Tecnologia podem e devem ser tomadas no sentido de um maior e melhor crescimento, da dignificação do trabalho e valorização das qualificações e das competências. Em Portugal, as questões centrais prendem-se com a prevalência de baixos salários e numa lenta subida na cadeia de valor da economia e em muitos indicadores sociais, na qualidade de vida e na desigualdade salarial entre mulheres e homens.
Os desafios colocados pelo novo ecossistema tecnológico e de inovação foram também objeto de análise, nomeadamente, sobre a oportunidade que a transição digital e ecológica pode representar para reforçar a cadeia de valor da economia, tornando-a mais inovadora, criadora, diferenciada e com ganhos de escala acrescidos. A diminuição das desigualdades salariais, sociais e de género no mundo do trabalho e das organizações, foi ainda um tema central dos trabalhos.