Rota dos Tambores do Atlântico promove formação internacional em empreendedorismo e turismo cultural
Arrancou o Programa de Promoção do Empreendedorismo, uma formação da Trivium destinada a participantes da Rota dos Tambores do Atlântico (RTA), no âmbito RUTEALC, iniciativa cultural da OEI.
A formação em empreendedorismo e turismo cultural conta com 40 participantes (56% homens, 37,5% mulheres e participantes coletivos 6%) de Angola, Brasil, Colômbia, Guiné-Bissau – os países que fazem parte da fase-piloto da RTA, projeto coordenado pela Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI).
Na primeira sessão, Luís Valle, da Trivium, salientou a pluralidade de contextos dos participantes, a valorização dos seus interesses comuns e o intercâmbio que a formação promoverá. Dani Diéguez, formador e mentor, salientou que a formação permitirá empoderar o grupo que constrói a RTA, criar sinergias e colaborações o que é significativo porque as Rotas são também as pessoas que lhe dão vida.
O objetivo é fortalecer competências de gestão, inovação e sustentabilidade no setor cultural, com enfoque em arte e património, música e dança, turismo cultural e empreendedorismo social.
As propostas dos participantes (32 projetos ou propostas) evidenciam o compromisso com a valorização das tradições afroatlânticas, a preservação da memória cultural e a formação de jovens e mulheres como agentes de transformação social e a promoção de tradições locais. Entre as ideias, destacam-se escolas comunitárias de música, dança e formação artística, oficinas de construção de instrumentos tradicionais, roteiros de afroturismo, arte comunitária, criação de produtos a partir de materiais locais ou espaços culturais de inclusão social.
RTA procura impacto real nas comunidades
A formação oferece ferramentas práticas e estratégicas para transformar estas ideias em projetos culturais e turísticos sustentáveis, promovendo impacto económico e social nas comunidades locais. Serão aplicadas metodologias inovadoras como a Lean Startup.
Com esta atividade, a Rota dos Tambores do Atlântico reforça o papel de plataforma de intercâmbio, documentação de práticas e inovação, celebrando o tambor como símbolo de identidade e ligação entre continentes, através do reforço da cooperação afro-ibero-americana e Sul-Sul.
