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TERESA SALGUEIRO E PEDRO MOUTINHO UNEM-SE A CAMPANHA DA OEI EM DEFESA DA CULTURA

Por ocasião da celebração do Dia da Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento, comemorado hoje, a Organização de Estados Ibero-Americanos lança a campanha #TiempoDeCultura.

• Por ocasião da celebração do Dia da Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento, comemorado hoje, a Organização de Estados Ibero-Americanos lança a campanha #TiempoDeCultura.
• Artistas e personalidades da região, como a cantora portuguesa Teresa Salgueiro, a atriz colombiana Johana Bahamón, a cantora mexicana Lila Downs, o cantor e compositor panamiano Omar Alfanno ou o escritor espanhol Jordi Sierra i Fabra defendem o direito à cultura e à sua contribuição para sair desta crise.
• As indústrias criativas e culturais representam entre 2% a 6% do PIB da América Latina e do Caribe e empregam 1,9 milhões de pessoas na região. De acordo com um estudo da AICEP, em Portugal, este setor corresponde a 2,8% da riqueza criada. A crise, que assola o setor devido à Covid-19, põe em causa a sua sustentabilidade, mas também multiplicou as iniciativas.

 

Por altura da celebração do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) lança a campanha #TiempoDeCultura para defender o direito à cultura nestes tempos de coronavírus, para sensibilizar sobre os efeitos negativos que a pandemia está a causar no setor artístico e cultural, assim como para ratificar o contributo decisivo da cultura para o desenvolvimento da região ibero-americana e para o bem-estar dos cidadãos.

Artistas como o cantor e compositor dominicano Pavel Núñez, a banda chilena Chancho em pedra, o fadista português Pedro Moutinho, o escultor costa-riquenho Néstor Zeledón ou até a Ministra da Cultura do Peru, Sonia Guillén, reivindicam o poder da cultura para sair desta grave situação que atravessa a cultura devido à crise de saúde pública desencadeada pela Covid19.

“Para além das questões práticas do mapeamento real e valorização de todas as atividades profissionais da Cultura, da criação de fundos de emergência para resolver as situações de pobreza a que foram votados milhares e milhares de profissionais, cada país tem o dever, a obrigação, em articulação com os meios de comunicação de cada estado, de dar a conhecer e criar um lugar cimeiro, perante cada um dos seus cidadãos, a um setor que de setorial tem muito pouco pois está presente em todos os aspetos da vida comum. A cultura não é um valor distante e vazio. A cultura somos todos nós”, refere a cantora portuguesa Teresa Salgueiro.

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“O que faríamos sem os artistas, sem os poetas, sem os fotógrafos, sem os músicos num momento tão difícil como aquele que a humanidade está atravessando?”, questiona Freddy Ginebra, gestor cultural dominicano, escritor e ator. “Investir na cultura é investir nas pessoas, é investir naquilo que nos identifica, no talento, na criatividade, na convivência; é investir tanto no desenvolvimento social como no desenvolvimento comunitário”, reivindica o fotógrafo hondurenho Maynor Lizandro Aguilar. De facto, estima-se que as indústrias criativas e culturais representem entre 2% a 6% do PIB da América Latina e Caribe, e representem 1,9 milhões de postos de trabalho na região.

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A cultura teve de ser reinventada em diferentes formatos ou dimensões, como explica a cantora panamiana Mar Alzamora. No entanto, nas palavras de Paula Disla, atriz dominicana, “muito em breve voltaremos a sentir os aplausos, veremos as luzes, ergueremos as cortinas e voltaremos a dizer ‘Viva o Teatro!’”

Pode aceder aos vídeos aqui.

Os artistas que participam na campanha #TiempoDeCultura são:

  • Chile: Lalo Ibeas e Felipe Ilabaca, juntam-se ao grupo musical Chancho em pedra; e à atriz MarianaLoyola.
  • Colômbia: a atriz Johana Bahamón.
  • Costa Rica: o músico Edín Solís; a atriz Roxana Ávila; o artista de dança e teatro Jimmy Ortiz; e o escultor Néstor Zeledón.
  • Espanha: o ator Roberto Alamo (residente na Colômbia); e os escritores Jordi Sierra i Fabra e Begoña Oro.
  • Guatemala: o escritor Maximiliano Araujo Araujo; e a Diretora do Ballet Nacional de Guatemala Sonia Anabella Marcos Bobadilla.
  • Honduras: o ator e diretor do teatro José Resinos; e o fotógrafo Maynor Lizandro Aguilar.
  • México: o violoncelista Álvaro Bitrán; o cantor e compositor David Filio; as cantoras Eugenia León e Iraida Noriega; o escritor Leopoldo Mendivil; Piro Pendas, vocalista do Ritmo Perigoso; Roberto Aymes, compositor, baixista e promotor cultural; e a cantora e compositora Lila Downs.
  • Nicarágua: Ramón Rodríguez, Diretor do Teatro Nacional Rubén Darío; os músicos Anthony Mattews e Juan Solórzano; músico, compositor e compositor Carlos Mejía Godoy; e a pintora Gloria Guevara.
  • Panamá– o compositor e músico Yigo Sugasti; músico Omar Alfanno; artista visual Cisco Merel; a cantora e gestora cultural Mar Alzamora; a bailarina e gestora cultural Analida Galindo; os escritores Arturo Wong, Carlos Fong, Cheri Lewis e Olga de Obaldía; o barítono e embaixador cultural Ricardo Velásquez; e o poeta e dramaturgo Jhavier Romero.
  • Paraguai: a escritora e dramaturga Renée Ferrer; Alejandra Díaz, gestora cultural, professora de investigação e coreógrafa; o bailarino e coreógrafo Hugo Rojas; e Rigoberto Arévalo, Presidente da Fundación Folcloristas do Paraguai.
  • Portugal: a cantora Teresa Salgueiro e o fadista Pedro Moutinho.
  • Peru: Luis Repetto, Diretor do Museu de Artes e Tradições Populares do Instituto Riva-Aguero; e a Ministra da Cultura, Sónia Guillén.
  • República Dominicana: a comunicadora cultural Jatnna Tavárez; o cantor, músico e compositor Victor Victor; o compositor Pavel Núñez; o cantor e compositor José Antonio Rodríguez; a atriz Paula Disla; escritora, o escritor, ator e gestor cultural Freddy Genebra.
  • Uruguai: o artista plástico Pablo Atchugarry.

 

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A Cultura na América Latina não para

Desde que se iniciou o estado de emergência na maioria dos países da região, a OEI tem acompanhado a situação, para determinar como o setor cultural foi afetado durante a crise da Covid19 no espaço ibero-americano. Questões comoque medidas foram tomadas para ajudar o setor cultural a resistir à crise? ou quais foram as iniciativas culturais mais inovadoras desenvolvidas na Ibero-América no período de quarentena?”   encontram a sua resposta neste espaço a partir de informações obtidas a partir de fontes oficiais nacionais.   Todas as informações podem ser consultadas na web.

Graças a esta análise, estabeleceu-se que, por exemplo, devido à natureza das suas atividades – na maioria das vezes estacionárias, itinerantes e sem contrato fixo – o setor cultural tem sido reconhecido como um dos mais afetados por esta pandemia. Por esta razão, muitos países tomaram medidas económicas para contrariar os efeitos negativos do coronavírus sobre artistas e criadores do mundo da cultura. Países como Portugal, a Argentina, o Chile, a Colômbia, o Equador ou Espanha atribuíram recursos diretos para aliviar os malefícios do confinamento em gestores artísticos e culturais. Em Portugal, o Ministério da Cultura anunciou um apoio de 1,7 milhões de euros ao setor e a Fundação Calouste Gulbenkian estabeleceu um Apoio de Emergência aos Artistas e à Cultura de 1,5 milhões de euros.

Como resultado deste seguimento, também foi possível verificar que, apesar das mudanças abruptas que o coronavírus provocou no dia-a-dia de milhões de pessoas, isso não foi desculpa para a paralisia da cultura na Ibero-América. Iniciativas como visitas virtuais a exposições artísticas ou concertos de música tradicional transmitidos ao vivo através de plataformas virtuais e redes sociais têm sido as mais destacáveis da região.  Instituições importantes como o Museu do Prado, em Espanha, o Museu Nacional de Antropologia do México, o Museu del Oro, na Colômbia, ou o Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires, na Argentina, ofereceram visitas virtuais em 360º gratuitamente através dos seus portais web.

Tudo isto faz parte da campanha #LaOEIcontigo que, desde o início do estado de emergência, procura analisar os efeitos que a crise do coronavírus tem tido nos domínios da educação, ciência e cultura, bem como atenuá-la com propostas regionais.