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Área Cultura
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A OEI reforça na MONDIACULT 2025 a contribuição da Ibero-América para a agenda global de cultura e sustentabilidade

©Luciele Oliveira/ MinC Brasil

No âmbito da Conferência Mundial da Unesco sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável (MONDIACULT), que teve início hoje em Barcelona, a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) promoveram o evento paralelo Cultura e Desenvolvimento Sustentável – Contribuições da Ibero-América para a agenda global.

O encontro, realizado com a participação de organismos multilaterais, autoridades culturais e representantes da cooperação, destacou o papel da Ibero-América como uma região dinâmica e inovadora na criação de políticas culturais que integram direitos, diversidade e desenvolvimento sustentável.

“Milhões de pessoas trabalham no setor cultural e é necessário proteger seus direitos, pois ainda é uma economia informal e precária”, apontou Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI. Também destacou que a organização desenvolve atualmente mais de 120 projetos de cooperação cultural e que a conexão entre cultura e ciência é um motor do futuro: “Essa conjunção será o foco da Ibero-América viva, nossa proposta para a próxima COP30, que estamos organizando junto com o Governo do Brasil. A confirmação de 38 comitivas presidenciais mostra a importância global desse encontro”.

Por sua vez, Santiago Herrero, diretor de Relações Culturais e Científicas da AECID, afirmou que “a cultura deve ser concebida como motor de desenvolvimento” e defendeu a necessidade de avançar da promoção cultural para a cooperação cultural. “Trata-se de gerar diálogo entre todos os atores para potencializar identidades, com um financiamento que não pode ser apenas público”, enfatizou.

Claudia Leitão, secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura do Brasil, refletiu sobre a riqueza ibero-americana: “Cultura e meio ambiente são nossas principais forças, mas ainda não compreendemos essa riqueza”. Ela apresentou a política “Brasil Criativo”, baseada na diversidade cultural e social, ressaltando que “a economia criativa não é extrativista, devemos dialogar entre economia e ecologia”.

Para finalizar, María Jimena Durán Sanin, executiva sênior da CAF, apresentou o desafio de tornar os projetos culturais financiáveis. “Buscamos uma visão integral que harmonize cultura e infraestrutura, de modo que o componente cultural esteja presente em todos os nossos projetos”, afirmou.

Moderado por Raphael Callou, diretor-geral de Cultura da OEI, o encontro abriu um espaço de diálogo entre atores institucionais e redes culturais, reafirmando o compromisso da região com uma cooperação cultural baseada em direitos, inclusão social e coesão territorial.

Publicado em 30 Set. 2025