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Sede Secretaria-Geral
Tipo Institucional/OEI

Com 770 projetos implementados no último biênio, a OEI beneficiou cerca de 20 milhões de Ibero-Americanos

Memoria Institucional OEI 2023-2024

É o que demonstra o mais recente Relatório Institucional de atividades apresentado pela organização em seu 80º Conselho Diretivo, realizado em Madri.

Um total de 770 projetos implementados que tiveram um impacto direto em quase 20 milhões de pessoas em toda a Ibero-América é o resultado da atividade de cooperação da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) no biênio 2023-2024, de acordo com o mais recente Relatório Institucional da organização, apresentado aos membros de seu Conselho Diretivo reunido em Madri na semana passada.

Além disso, neste ano, em que a OEI completou 75 anos e obteve grandes conquistas, como o Prêmio Princesa das Astúrias de Cooperação Internacional, foi publicado o especial “2023-2024: Memória e Futuro”. Trata-se de um documento disponível para consulta gratuita por meio do site institucional, que apresenta de forma gráfica e dinâmica os resultados das iniciativas empreendidas por essa organização internacional nos últimos dois anos em suas áreas de atuação (educação, ciência, cultura, línguas e direitos humanos) e em seus eixos estratégicos (relações multilaterais, digitalização, comunicação, formação e geração de conhecimento), ao mesmo tempo em que resume a continuidade e a consolidação de sua atividade para o próximo biênio.

Nesse sentido, em 2023 e 2024, a organização teve uma intensa atividade, que foi apoiada pela assinatura de mais de 700 acordos com instituições públicas e privadas de toda a região, bem como com ONGs, universidades, empresas e outras organizações internacionais para a implementação de suas iniciativas nos 20 países em que está presente fisicamente.

Entre os resultados mais notáveis, a organização forneceu mais de 5.000 recursos educacionais e atendeu às necessidades de cerca de 7 milhões de alunos, além de publicar mais de 230 trabalhos de pesquisa e estudos sobre temas relacionados à educação, ciência e cultura ibero-americanas.

“A longevidade e a expansão da OEI podem ser explicadas porque a região se apropriou dela, para fazer a cooperação realmente acontecer e transformá-la em um bem público regional”, enfatizou Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI, durante a apresentação do relatório aos ministros e autoridades educacionais da região.

ResultadosFonte: Relatório Institucional da OEI. 2023-2024.

No campo da educação, a OEI se comprometeu com a implementação de projetos destinados a fortalecer a digitalização das salas de aula e dos processos pedagógicos ibero-americanos sob esse paradigma digital, especialmente após o impacto da pandemia do coronavírus. Dessa forma, com foco na primeira infância, na educação técnica e profissional, e na consolidação de processos de aprendizagem ao longo da vida de maior qualidade e mais inclusivos, a organização realizou centenas de projetos que impactaram milhões de pessoas por meio de mais de 600 iniciativas de formação em educação e mais de 130 congressos e reuniões de alto nível em toda a Ibero-América.

Na área de ensino superior e ciência, a organização deu continuidade à sua estratégia “Universidade Ibero-América 2030”, que continua a unir forças para consolidar um espaço comum de pesquisa e intercâmbio para as universidades da região, além de promover a formação de novos doutores por meio de bolsas de estudo, fomentar a divulgação científica com sotaque ibero-americano e impulsionar a qualidade do ensino nos centros de educação superior, especialmente a educação virtual, com iniciativas como o selo Kalos Virtual Ibero-América, que já certificou importantes universidades ibero-americanas, como a UNED na Espanha, a UNAD na Colômbia e a UNAM no México.

Neste biênio, também foram fortalecidas as cátedras promovidas pela organização em parceria com universidades de prestígio, com o objetivo de gerar conhecimentos atualizados e de vanguarda sobre temas de interesse regional. Entre elas, estão as desenvolvidas com universidades como Alicante (cultura digital), Alcalá (educação), Porto (cidadania global), Lisboa (estudos ibero-americanos) e Georgetown (migração e integração regional).

Na área cultural, os esforços da organização foram direcionados a fortalecer os processos de assistência técnica e formação relacionados às indústrias criativas e culturais, assim como para consolidar o progresso da região na preservação do patrimônio, na cultura digital e na propriedade intelectual. Isso é evidenciado por marcos como o lançamento de um Programa Ibero-Americano sobre Indústrias Criativas e Culturais no Brasil e a promoção do Programa de Cooperação Interinstitucional sobre Rotas e Itinerários Culturais, coordenado pela OEI e apoiado pela União Europeia.

O posicionamento do espanhol e do português como línguas da ciência e da cultura também esteve entre as prioridades da OEI neste biênio, como demonstrado pela bem-sucedida 4ª edição da Conferência Internacional de Línguas Portuguesa e Espanhola (CILPE), realizada em Assunção no ano passado, na qual as línguas indígenas tiveram um papel de destaque. A organização também incentivou a implementação de iniciativas para promover a intercompreensão de ambos os idiomas, que juntos formam uma comunidade de mais de 850 milhões de pessoas, como os projetos “Atelier Poético” e “Escolas de Fronteira” entre Espanha e Portugal, dos quais mais de cinquenta escolas da “Raia” já estão participando.

Por outro lado, a OEI tem trabalhado nos últimos meses na criação de estratégias para enfrentar o descontentamento com a democracia por meio da educação em direitos humanos e cidadania, da promoção de iniciativas bem-sucedidas como a 5ª edição do renomado Prêmio Óscar Arnulfo Romero e o lançamento de uma rede ibero-americana nessa área, que conta com a participação de mais de vinte instituições.

Este Relatório Institucional também apresenta um detalhamento completo da atividade da OEI em seus 19 escritórios nacionais em toda a Ibero-América e um relatório sobre seus resultados financeiros, em um exercício de transparência e prestação de contas que posiciona a organização como uma das maiores e mais importantes redes de cooperação do mundo.