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Cultura e Clima: a OEI apoia a realização de um encontro ministerial para alcançar um pacto global pelo planeta

A OEI foi o primeiro organismo internacional a incorporar-se ao Grupo de Amigos da Ação Climática Baseada na Cultura, impulsionador do pacto.

Esta tarde, em Barcelona, a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) participou de um diálogo ministerial de alto nível no âmbito do Grupo de Amigos da Ação Climática Baseada na Cultura (GFCBCA, na sigla em inglês).

Com a presença de mais de 20 ministros e autoridades da Cultura de todo o mundo, o encontro teve como objetivo assinar a “Declaração de Barcelona”, um pacto para o avanço das políticas públicas de cultura voltadas para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas.

O encontro faz parte das atividades em que a OEI participa em Barcelona, no âmbito da Cúpula Mundial da Unesco sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável “Mondiacult”, que está sendo realizada nestes dias nesta ciudade espanhola.

Sob a presidência pro tempore do Brasil e dos Emirados Árabes Unidos, o Grupo reafirmou na declaração final seu compromisso de integrar a cultura — incluindo o patrimônio, as artes, as indústrias criativas e os conhecimentos indígenas e tradicionais — nas estratégias nacionais de adaptação e mitigação das mudanças climáticas.

Os países destacam o papel central da cultura para sensibilizar, mobilizar a sociedade e promover mudanças de comportamento, ao mesmo tempo em que impulsionam ações dentro do próprio setor cultural para proteger o patrimônio material e imaterial, salvaguardar a biodiversidade e reduzir as emissões. Além disso, eles apostam no fortalecimento da pesquisa e do intercâmbio de conhecimentos sobre a relação entre cultura e clima, no apoio à Agenda de Ação da presidência da COP30 — especialmente seu eixo sobre cultura e patrimônio — e no acompanhamento dos avanços nessa direção na próxima COP31.

Participaram os chefes das pastas de Cultura do Brasil, Emirados Árabes Unidos, Austrália, Azerbaijão, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, França, Grécia, Indonésia, Letônia, Malta, México, Panamá, Paraguai, Peru, África do Sul, Uruguai e Uzbequistão, entre outros.

“Não é possível falar de sustentabilidade ou bem comum sem falar de cultura. Neste momento de desafios urgentes, acreditamos que a cultura deve ocupar um lugar central nas respostas à crise climática”, afirmou Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI.

Jabonero destacou ainda que, durante a COP30 em Belém, a OEI liderará o espaço “Ibero-América Viva”, uma iniciativa que celebra a biodiversidade e a riqueza cultural e linguística da nossa região. “Levaremos nossa voz a Belém para dizer, mais uma vez, que não pode haver soluções sustentáveis sem direitos culturais e sem a participação ativa dos nossos povos”, afirmou.

Entre as instituições presentes estavam a Climate Heritage Network (CHN), o People’s Palace Project, a SEACHA, a Julie’s Bicycle, o ICCROM, o ICOMOS, o ICOM, a EUNIC, o World Monuments Fund, a UNESCO, o Entertainment + Culture Pavilion, a Europa Nostra, o British Council, a SEGIB e a União Africana.

O Grupo de Amigos da Ação Climática Baseada na Cultura é uma importante plataforma de trabalho mundial, formada por países e organizações internacionais e da sociedade civil, que busca fortalecer a cooperação entre o Norte e o Sul Global para consolidar a presença da cultura nas ações internacionais que combatem as mudanças climáticas.

Publicado em 28 Set. 2025