“Especialistas ibero americanos destacam o papel dos professores e alertam para a importância do planejamento para inovar com IA”

Do que estamos falando quando nos referimos à inovação educacional em tempos de IA? As salas de aula da Ibero-América estão preparadas para se inserir nas novas tendências em inovação? Essas e outras questões foram o eixo do debate da terceira e última sessão do “EstratégIA Iberoamérica”.

Trata-se da iniciativa promovida pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), em colaboração com a Agência Espanhola de Cooperação para o Desenvolvimento (Aecid), que durante três dias analisou o impacto da IA na educação da região, bem como seus efeitos em áreas como a inovação ou a liderança educacional.

Após duas jornadas bem-sucedidas realizadas na terça-feira, 17 de junho (impacto da IA na América Latina), e na quarta-feira, 18 de junho (liderança e tecnologia), na Fundação Ortega-Marañón de Madri, a sessão desta quinta-feira teve como foco a inovação educacional, com a participação do Ministério da Educação, Formação Profissional e Desporto da Espanha, e com a participação especial dos membros da Rede Ibero-Americana de Inovação Educacional, promovida por ambas as instituições.

Novamente com a participação do divulgador científico Luis Quevedo como mestre de cerimônias, a jornada foi inaugurada por Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI, e Abelardo de la Rosa, secretário de Estado da Educação do Ministério da Educação da Espanha.

Mariano Jabonero destacou que “por meio da inteligência artificial, da transição digital e da inovação, podemos ampliar nosso alcance e chegar a lugares e pessoas que antes não conseguíamos alcançar.”

Por sua vez, De la Rosa enfatizou que “o futuro deve ser previsto, antecipado e gerenciado”, ao se referir à importância dessas jornadas sobre IA na educação, ressaltando que esse planejamento deve ser inteligente e ético. “É preciso avaliar quais são as potencialidades da IA na inovação educacional, não pode ser por tentativa e erro, deve ser feito com critérios científicos”, remarcou.

Na primeira mesa de debate, centrada no binômio professores e tecnologia, Denise Vaillant, do Instituto de Educação da Universidade ORT do Uruguai e membro do Conselho Assessor da OEI, indicou que “é preciso ter marcos éticos que ajudem a decidir com que fins a IA é usada, bem como o apoio das instituições e tempo e espaço para que os professores possam experimentar”. Por sua vez, Ismael Gómez, diretor de Estratégia Digital Global da OEI, destacou a importância de promover parcerias para potencializar a formação em IA para professores. Também participou Santos Jadiel Castro, professor do Colegio de Bachilleres de Chiapas, México, e membro da Rede Ibero-Americana de Inovação Educacional. A mesa foi moderada por Angélica Páez, da Direção de Educação e ETP da OEI.

A segunda mesa, dedicada a explorar as relações entre IA, metodologia, currículo e estudantes, teve a participação de Renato Opertti, presidente do Conselho Assessor da OEI e professor do Instituto de Educação da Universidade ORT do Uruguai; Adolfo Kvitca, pesquisador em Educação e IA e membro da Fundar; Juan José Bernal, coordenador pedagógico da sociedade civil Hermanas de San Antonio de Padua, da Argentina, e membro da Rede Ibero-Americana de Inovação Educacional da OEI, e José Luis Calvo, chefe da área de Digitalização do Instituto Nacional de Tecnologias Educativas e de Formação de Professores. A mesa foi moderada por Silvia Velázquez Rodríguez, conselheira técnica da Subdireção-Geral de Cooperação Territorial e Inovação Educacional do Ministério espanhol.

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As primeiras Jornadas Regionais sobre Educação na Era Digital “EstratégIA Ibero-América”, realizadas este ano, reafirmam o compromisso da OEI com o desenvolvimento de iniciativas que contribuam para acelerar e planejar a digitalização da educação ibero-americana, com o objetivo de tornar a Ibero-América uma região líder mundial no âmbito educacional.