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OEI, BID, CAF e Fundação Roberto Marinho trazem à mesa a importância da educação artística na Ibero-América

OEI, BID, CAF y Fundación Roberto Marinho ponen sobre la mesa la importancia de la educación artística en Iberoamérica
Publicado el 12 Feb. 2024

Mais formação docente e mais compromisso dos governos são algumas das demandas apresentadas pela OEI para promover a educação artística na região, de acordo com um relatório recente.

A Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF e da Fundação Roberto Marinho do Brasil, organizou esta tarde o painel on-line Alianzas regionales en cultura, educación artística e industrias creativas en Iberoamérica.

O objetivo do encontro foi destacar experiências regionais inspiradoras em educação artística nas quais essas instituições trabalharam juntas e que servirão de insumo para as discussões na Conferência Mundial sobre Educação Cultural e Artística a ser realizada pela Unesco de 13 a 15 de fevereiro em Abu Dhabi.

Andrés Delich, Secretário-Geral Adjunto da OEI, e Trinidad Zaldívar, Chefe da Unidade de Criatividade e Cultura do BID, deram as boas-vindas ao painel, que foi transmitido na íntegra em espanhol e inglês no canal da OEI no YouTube.

Em seu discurso, Delich destacou que a OEI vem promovendo o fortalecimento da educação artística nos currículos há décadas, pois “é uma disciplina que tem a ver com a construção de uma cidadania sem desigualdades”, além de ser “central para a inclusão social”. Por sua vez, Zaldívar enfatizou o valor da cultura na região “não apenas como um bem público, mas também como uma alavanca para a economia ibero-americana”, que já representa “2,2% do PIB regional”.

Participaram também especialistas e autoridades, como Alejandra Claros, Secretária-Geral da CAF, que detalhou que “a cultura pode ser o maior mitigador de obstáculos como a criminalidade na América Latina”; João Alegria, Secretário-Geral da Fundação Roberto Marinho, que enfatizou a necessidade de promover a educação artística para combater a evasão escolar entre os jovens e promover empregos inovadores; e Paulo Pires do Vale, Comissário do Plano Nacional das Artes em Portugal, que destacou “a importância da fruição e da alegria nos processos educacionais”.

Raphael Callou, Diretor-Geral de Cultura da OEI, também participou, destacando o trabalho da organização nos últimos anos, que em matéria cultural “já alcançou 14 milhões de beneficiários diretos e “30.000 artistas e gestores culturais assistidos”; Pierre Emile Vandoorne, diretor da Netflix para Políticas Públicas na América Latina, que chamou a atenção para a necessidade de promover mais treinamento diante da crescente demanda das indústrias criativas.000 artistas e gestores culturais atendidos”; Pierre Emile Vandoorne, diretor da Netflix para Políticas Públicas na América Latina, que chamou a atenção para a necessidade de promover mais capacitação diante da demanda pela ascensão das indústrias criativas, e María Fernanda Prada, especialista setorial de Educação do BID, que destacou o trabalho dessa instituição em projetos de educação artística na região. O painel foi moderado por Alejandra Luzardo, líder de Inovação e Criatividade do BID.

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Educação artística, uma prioridade para a região

Em abril do ano passado, a OEI apresentou o relatório A educação artística dá um passo à frente, no qual foi feita uma radiografia da situação dessa disciplina nos currículos ibero-americanos, ao mesmo tempo em que foram estabelecidas algumas recomendações para promover políticas públicas voltadas a objetivos como o desenvolvimento de um sistema de indicadores capaz de medir as competências culturais, criativas e artísticas dos alunos ou a promoção de um maior compromisso orçamentário dos governos para capacitar os professores em competências ligadas às expressões artísticas.

A apresentação foi realizada no emblemático Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, em Madri, e contou com a presença de alguns dos autores do relatório, como os especialistas Lucina Jiménez, do México, e Marián López Fernández-Cao e Gemma Carbó, da Espanha, que também fazem parte de um Comitê de Especialistas em Cultura lançado pela OEI em novembro do ano passado, no âmbito do VIII Congresso Ibero-Americano de Cultura, realizado em Lisboa.

Por outro lado, o projeto digital co.liga, que a OEI vem implementando desde 2019 em parceria com a Fundação Roberto Marinho do Brasil, é uma referência a ser destacada na região. Trata-se de uma escola digital que oferece mais de 50 cursos profissionais gratuitos sobre temas que vão do patrimônio cultural à gravação musical e ao pensamento computacional aplicado à cultura, com certificação de ambas as instituições. Com mais de 53.000 registros, a iniciativa ofereceu opções de educação e formação profissional, especialmente para mulheres jovens e afrodescendentes no país, em áreas em que a oferta de cursos formais costuma ser limitada.

Outro caso de sucesso é o Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR), administrado pela OEI desde 2021, que, como estratégia para promover a formação artística, lançou a chamada “Escola do Olhar”, na qual, por meio de oficinas, cursos e conferências, já atendeu mais de 274 mil alunos em disciplinas como educação artística ou cultura contemporânea. Atualmente, o MAR é um dos museus mais visitados do Brasil, com mais de 1 milhão de visitantes nos últimos dois anos.

Publicado el 12 Feb. 2024