OEI: na vanguarda da melhoria da qualidade do ensino superior a distância na Ibero-América

Após quatro anos de implementação, o selo “Kalos Virtual Ibero-América” da OEI avaliou e certificou a qualidade de quinze cursos on-line em sete universidades públicas e privadas, impactando mais de 21 mil alunos.
Desde 2021, a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e a Rede Ibero-Americana para a Acreditação da Qualidade na Educação Superior (RIACES) têm implementado o selo “Kalos Virtual Ibero-América”, uma iniciativa que visa certificar a qualidade dos cursos universitários a distância oferecidos na Ibero-América e que, até o momento, teve um impacto em mais de 21 mil estudantes.
Atualmente, 15 cursos de universidades de 6 países ibero-americanos certificaram a qualidade de suas ofertas de formação virtual por meio do processo de certificação desse selo, o primeiro e único criado e implementado levando em conta as características do contexto ibero-americano, sem recorrer a licenças ou franquias de fora da região.
Desta forma, universidades de prestígio como a Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), a Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) da Espanha, a Universidad Abierta y a Distancia (UNAD) da Colômbia, a Universidad Técnica Particular de Loja (UTPL) do Equador, a Universidad Estatal a Distancia (UNED) e a Universidad Internacional San Isidro Labrador (UISIL) da Costa Rica, e a Universidad Metropolitana de Ciencia y Tecnología (UMECIT) do Panamá certificaram um ou mais de seus cursos acadêmicos depois de terem cumprido os parâmetros avaliados pelo selo.
“Após o impacto da pandemia sobre o crescimento exponencial da educação a distância que já vinha se expandindo na Ibero-América, 87% em 2020, a OEI assumiu o compromisso de promover a qualidade do ensino superior oferecido em nossa região para responder às demandas de uma sociedade que já é digital e que precisa receber formação para atender às suas necessidades”, afirmou Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI, que elogiou a aceitação e o posicionamento desse selo por parte das universidades mais prestigiadas da região para certificar a qualidade de suas ofertas de educação a distância, “um selo genuinamente ibero-americano, pois foi concebido a partir do conhecimento de nossa realidade e de nossos desafios”, ressaltou.
O selo de qualidade Kalos Virtual Ibero-América tem seu próprio procedimento de avaliação e dimensões, incluindo processos acadêmicos, número de alunos atendidos, sistemas de gestão e operação, infraestrutura e suporte tecnológico, entre outros. Esses critérios foram validados, por sua vez, por onze agências de qualidade e associações de universidades ibero-americanas de ensino a distância que aderiram ao selo, como AIESAD, ACESAD, Caled, Fundación Madri+d, Dirección de Evaluación y Acreditación de la Agencia Andaluza del Conocimiento, ACSUCYL, CONAIC, ACCECISO, CACEI, ANEAES e CONAED.
Nesse sentido, o selo foi criado para avaliar aspectos específicos da modalidade virtual, de modo que um requisito fundamental é que pelo menos 51% do total de créditos ou horas ministradas sejam em modalidade não presencial.
A partir dessa experiência, foram feitas adaptações no guia do selo para cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado, o que permitiu que todas as modalidades fossem avaliadas pelo menos uma vez. As universidades do Peru, Equador e Costa Rica estão atualmente em processo de certificação, portanto, espera-se que este ano o número de cursos certificados pelo selo chegue a vinte.
Uma aposta firme na qualidade da educação superior
Com este selo, a Organização de Estados Ibero-Americanos reforça seu compromisso sólido de promover a qualidade do ensino superior oferecido na Ibero-América, especialmente da educação à distância, como marca de um sistema educacional regional que aposta na inovação e na digitalização.
Isso se reflete em iniciativas como a estratégia “Universidade Ibero-América 2030”, que, desde 2021, tem fomentado a criação de um espaço compartilhado de pesquisa e cooperação para as universidades da região e que, entre outros resultados, desenvolveu o relatório Universidade Ibero-América 2030: uma proposta para a mobilidade acadêmica, que inclui a criação de uma plataforma com todas as informações sobre disciplinas ou temas que os alunos e gestores das universidades da região precisam conhecer para tomar as decisões corretas no momento de tramitar processos de mobilidade internacional.
Além disso, a OEI desenvolveu o Guia ibero-americano para a avaliação da qualidade do ensino a distância, um documento que visa orientar as universidades em seus processos de adaptação à educação a distância, com indicadores específicos para medir se a transição para essa modalidade está sendo realizada adequadamente, ao mesmo tempo em que destaca os aspectos que precisam ser melhorados para garantir que o ensino a distância tenha a mesma qualidade do ensino presencial.