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Fórum Jurídico de Lisboa trata sobre os desafios da educação pós-pandemia

Fórum Jurídico de Lisboa trata sobre os desafios da educação pós-pandemia

O Fórum conta com a presença de autoridades do meio jurídico e educacional, além de parlamentares do Brasil e Portugal.

Em sua 11° edição, o Fórum de Lisboa, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (ICJP) e pelo Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário da FGV Conhecimento (CIAPJ/FGV), iniciou hoje (26.06) na capital portuguesa, com o tema “Governança e Constitucionalismo Digital”. Abordando um panorama sobre a relação entre os principais aspectos associados à gestão pública e democracia, com as temáticas transversais fazendo parte da discussão, o objetivo é buscar maior compreensão sobre a avaliação dos impactos socioeconômicos gerados pelo avanço tecnológico, conjuntamente com as mudanças sociais. 

Na mesa sobre Educação, Desafios da Educação Pós a Pandemia: Inovação e Qualidade, o diretor da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Cultura e a Ciência no Brasil, Raphael Callou, elencou os diversos desafios vividos pelo Brasil durante a pandemia do Covid-19, em especial a educação, cujas dificuldades e desigualdades existentes nos sistemas educativos foram potencializadas. “Vivemos uma situação caótica. Somos 8% da população mundial e sofremos com 30% de todos os casos de infecção. A educação sofreu impactos enormes e relevantes, que potencializaram muitas das dificuldades e das desigualdades existentes nos sistemas educativos”. 

Essas dificuldades na Educação Básica repercutem e agravam ainda mais os desafios no Ensino Superior. “A consequência do acúmulo de desafios na Educação Básica gera para o ensino superior desafios ainda mais complexos. A maior parte dos professores que estão em sala de aula é formada na educação superior na área privada e em cursos que têm uma dificuldade enorme de atualização para as novas demandas e necessidades da educação numa época hiperconectada. Isso traz para a gestão da educação no Brasil um outro desafio que é fazer com que a formação docente inicial esteja conectada com isso, assim como também a formação continuada dos nossos profissionais da educação”, afirmou o diretor da OEI, que finalizou informando as inúmeras ações desenvolvidas pelo organismo internacional no Brasil, como a colaboração na internacionalização do Ensino Superior e a cooperação entre instituições universitárias brasileiras com mais de 160 outras na região ibero-americana.  

Além de Callou, a mesa foi composta pelo ministro da Educação do Brasil, Camilo Santana, e a secretária de Regulação e Supervisão da Educação Superior também do ministério, Helena Sampaio; o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palácios; a presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba; o conselheiro do Conselho Nacional de Educação do Brasil, André Lemos Jorge; e o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal. A mediação foi de Simone Horta, professora do IDP.