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OEI adere à iniciativa “Vacina para Todos”

A OEI, através da sua diretora em Portugal, aderiu à campanha "Vacina para Todos", que defende o acesso universal, justo, simultâneo e equitativo a uma futura vacina contra a Covid-19.

A OEI, através da sua diretora em Portugal, Ana Paula Laborinho, aderiu à campanha “Vacina para Todos”, que defende o acesso universal, justo, simultâneo e equitativo a uma futura vacina contra a Covid-19 segura e eficaz, para todos os países. Em Portugal, a iniciativa foi lançada pela Academia de Líderes Ubuntu e, até agora, recebeu o apoio de mais de cem personalidades portuguesas.

A iniciativa do Prémio Nobel da Paz, Mohammad Yunus (criador do microcrédito), foi lançada em Portugal pela Academia de Líderes Ubuntu, um projeto do Instituto Padre António Vieira (IPAV), e pretende dar corpo ao conceito de filosofia e ética social Ubuntu, que significa “Eu sou porque tu és. Eu só sou Pessoa através das outras Pessoas” e que tem em Nelson Mandela um referente de modelo de liderança.

Ana Paula Laborinho aceitou o convite para ser uma das porta-vozes da campanha em Portugal, a par com a antiga ministra da Saúde, Ana Jorge, e da socióloga e investigadora Luísa Schmidt. A diretora da OEI Portugal considera que «a pandemia teve tendência a erguer ainda mais fronteiras e muros do que aqueles que já existiam e, no entanto, este tempo exige de nós solidariedade e construção de pontes. Num mundo interconectado, as perdas de uns terão efeito sobre os outros. Apoiar a ‘Vacina para Todos’ não é uma utopia, mas uma possibilidade que está ao alcance da comunidade internacional e, por isso, importa que estejamos atentos e apoiemos uma solução que não deixe ninguém para trás.»

 

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A declaração, na qual se baseia a campanha, defende que «a única forma de erradicar definitivamente a pandemia [causada pelo novo coronavírus] é ter uma vacina que possa ser administrada a todos os habitantes do planeta, a viver em contexto urbano ou rural, homens ou mulheres, de países ricos ou pobres». Para promover a justiça à escala global, lançou assim «um apelo conjunto a todos os líderes globais, organizações internacionais e governos, para que adotem medidas legais e tomem posições oficiais, declarando as vacinas Covid-19 como um Bem Comum Global, livre de qualquer direito de patente pertencente a qualquer pessoa.» A iniciativa não esquece, no entanto, o investimento realizado pelos grandes laboratórios de investigação. Como é natural, esperam ser ressarcidos desse investimento e, por isso, a declaração defende a necessidade de «um procedimento inequívoco para determinar o que seria um nível justo para este retorno, em troca da colocação da vacina no domínio público.»

Ana Paula Laborinho sublinha a importância da campanha “Vacina para Todos”, relembrando que «em muitas regiões, o efeito da pandemia está a destruir as conquistas que foram tão dificilmente alcançadas no sentido de diminuir a pobreza extrema e as várias formas de desigualdade.» A diretora da OEI Portugal acredita que há um trabalho importante a ser feito no futuro, em especial na região ibero-americana, à qual pertencem Portugal e Espanha, onde «177 milhões de crianças e jovens ficaram fora da escola e prevê-se que cerca de 50% não regressará. Na América Latina, a pobreza extrema passará este ano de 185 para 230 milhões.»

Entre as 117 personalidades que subscrevem a declaração e apoiam a campanha “Vacina para Todos”, estão o ex-Presidente da República Ramalho Eanes, a ex-ministra da Saúde Ana Jorge, a Presidente da Fundação Gulbenkian Isabel Mota, o cardeal D. José Tolentino Mendonça e a escritora Lídia Jorge. A lista integral das personalidades subscritoras, bem como as respostas a perguntas mais frequentes estão em www.vacinaparatodos.pt

Link da página de Facebook da campanha: https://www.facebook.com/vacinacovid19paratodos/