Portugal aposta na investigação e no desenvolvimento
Em 2019, o investimento das empresas portuguesas em I&D cresceu cerca de 50%, em relação a 2018. Os dados têm como referência as candidaturas ao SIFIDE.
Em 2019, o investimento das empresas portuguesas em I&D cresceu cerca de 50%, em relação a 2018. Os dados têm como referência as candidaturas ao Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE).
No ano passado, o investimento das empresas portuguesas em investigação e desenvolvimento (I&D) foi de 1.168 milhões de euros. De acordo com um comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), trata-se de um crescimento de 50% em relação a 2018.
Os esforços nacionais para promoção do investimento em I&D estão na linha das prioridades da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), que reconhece que o sucesso na trajetória de desenvolvimento dos países depende, em grande parte, da capacidade de gerir a mudança tecnológica e de a aplicar ao setor produtivo. Para tal, um elemento muito relevante é o investimento realizado em ciência e tecnologia. Na região da Ibero-América, este investimento em ciência e tecnologia é de cerca de 0,79% do PIB. Portugal, Espanha e Brasil lideram no investimento em ciência e tecnologia.
Os dados divulgados esta semana confirmam, segundo a nota divulgada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, «o dinamismo das empresas nacionais e o reforço do investimento empresarial em I&D, de acordo com a tendência reconhecida recentemente pela Comissão Europeia, que colocou Portugal no 12º lugar no ranking dos países mais inovadores da UE27. De facto, Portugal passou a integrar, pela primeira vez em 2020, o grupo dos países fortemente inovadores no European Innovation Scoreboard da Comissão Europeia.»
A Agência Nacional de Inovação (ANI) vai agora analisar os mais de 6.000 projetos de I&D apresentados pelas empresas até 31 de julho de 2020.
O SIFIDE é um sistema de incentivos fiscais para estimular a competitividade das empresas, apoiando o seu esforço em I&D através da dedução à coleta do IRC de uma percentagem das respetivas despesas de I&D (na parte não comparticipada a fundo perdido pelo Estado ou por Fundos Europeus). As despesas de investigação apoiadas pelo SIFIDE incluem a contratação de investigadores e a aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos, assim como a exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos, com o objetivo de desenvolver e/ou melhorar substancialmente produtos, serviços ou processos de fabrico.
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