Residência artística “Compartilhamento de Matérias”, da OEI e PNA, coloca estudantes de Abrantes a refletir sobre as liberdades através da dança
Entre 15 de fevereiro e 29 de julho de 2024, alunos e alunas do Agrupamento de Escolas de Abrantes participaram em mais uma edição das residências artísticas do Plano Nacional das Artes (PNA), com apoio da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Cultura e a ciência (OEI). Os jovens conviveram com a dança enquanto expressão artística e desenvolveram atividades no âmbito dos 50 anos do 25 de abril.
A coreógrafa portuguesa Filipa Francisco foi a responsável pela dinamização desta residência artística. Fundadora da associação Mundo em Reboliço, uma estrutura de investigação, experimentação, formação, criação e circulação dedicada à dança e cruzamentos, entre diferentes comunidades, em estreita colaboração e co-criação. O projeto “Compartilhamento de Matérias” teve como objetivo levar toda a escola numa viagem pelo mundo do artista e servir de laboratório para a experimentação. A co-criação foi base fundamental do projeto e procurava tecer uma rede de colaboração, dentro da escola e fora dela.
Os alunos e alunas trabalharam vários módulos que exploraram o “Trabalho de corpo, improvisação e composição”, “Histórias à volta da arte”, “Estúdio aberto”, “Ensaios e apresentação”. Para a coreógrafa, esta é uma oportunidade para os alunos desenvolverem as relações interpessoais com os colegas, aproximando-os. O projeto incluiu também algumas dinâmicas em horário pós-escolar, onde pessoas da comunidade extraescolar eram convidadas a participar.
A propósito das celebrações dos 50 anos do 25 de abril, os estudantes fizeram uma caminhada/manifestação nas ruas de Abrantes com cartazes elaborados pelos próprios, respondendo à questão “O que não podíamos fazer?” no período anterior à Revolução dos Cravos. Para além disso, participaram numa atividade que refletiu sobre a importância da democracia, que também incluiu a participação de pessoas da comunidade extraescolar. O projeto culminou com o espetáculo “Para onde Vamos?”, uma caminhada performativa e um espetáculo com co-criação e interpretação de Filipa Francisco e José Grossinho com as palavras de Maria Veleda.
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As residências artísticas do PNA, apoiadas pela OEI, têm vindo a realizar-se desde 2021, decorrendo no âmbito do protocolo de colaboração entre as duas entidades que visa a promoção do desenvolvimento da educação e da cultura.