A OEI coordenará a edição regional do próximo Relatório de Monitorização Global da Educação Mundial da UNESCO

Durante o evento de lançamento do Relatório de Monitorização Global da Educação (Relatório GEM) 2023, o Diretor do Relatório de Monitorização Global da Educação da UNESCO, Manos Antoninis, anunciou que a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) coordenará a edição regional do Relatório GEM na sua próxima edição.

Para o próximo Relatório de Monitorização Global da Educação 2024/25, que será dedicado à liderança na educação, a OEI e o Relatório GEM da UNESCO estabeleceram uma parceria para produzir um relatório regional sobre liderança educativa na América Latina. O relatório vai basear-se na experiência de ambas as organizações em investigação comparativa e no seu trabalho com vários parceiros, atores e países para avançar na concretização do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável sobre Educação (ODS4).

De acordo com o Relatório GEM, uma boa direção e liderança é um dos três fatores fundamentais a nível escolar numa perspetiva de qualidade global da educação, que abrange os contributos, os processos e os resultados da educação a nível individual e social. As três dimensões da liderança educativa a abordar – definir expectativas, centrar-se na aprendizagem e promover a colaboração – correspondem aproximadamente aos três conceitos de liderança em que a maior parte das pesquisas se centraram: transformadora, instrutiva e distribuída.

Nesse sentido, a OEI vai elaborar o Relatório Regional sobre a América Latina com foco na Liderança Distribuída, uma área de grande relevância para os países da região. Uma das linhas de ação da OEI é a governação e a liderança na educação, para a qual possui uma vasta experiência no terreno, investigação e dados. Da mesma forma, a OEI tem trabalhado com diversos atores e países da região, posicionando-se favoravelmente para representar a América Latina neste próximo Relatório Mundial com dados que ajudarão os países na tomada de decisões.

Informe GEM

O Secretário-Geral Adjunto da OEI, Andrés Delich, e a Diretora Geral de Educação e Formação Profissional da OEI, Tamara Díaz Fouz, participaram no evento de lançamento do Relatório de Monitorização Global da Educação 2023, que teve lugar nos dias 26 e 27 de julho num evento híbrido em Montevidéu, no Uruguai.

O evento, organizado pela UNESCO, pelo Ministério da Educação e Cultura do Uruguai e pela Fundação Ceibal contou com a presença de 18 ministros da educação de todo o mundo, bem como de autoridades e especialistas em educação.

“Tecnologia na Educação: Uma ferramenta em que condições?” foi o título do Relatório GEM 2023, apresentado a 26 de julho num evento em Montevideu, Uruguai, organizado pela UNESCO, o Ministério da Educação e Cultura do Uruguai e a Fundação Ceibal.

O Secretário-Geral Adjunto da OEI, Andrés Delich, interveio no painel “Transformação digital na educação na América Latina e no Sul Global”, juntamente com Valtencir Mendes, Diretor de Educação da OREALC/UNESCO Santiago; Mercedes Mateo Díaz, Diretora de Educação do BID; Federico Burone, Vice-Presidente de Programas e Parcerias do IDRC; Jaime Saavedra, Diretor de Desenvolvimento Humano para a América Latina e as Caraíbas do Banco Mundial; e Charles North, Diretor-Geral Adjunto da GPE. Durante a sua intervenção, Delich afirmou que “a tecnologia por si só não resolverá o problema que temos na aprendizagem”.

Por sua vez, a Diretora Geral de Educação e Formação Profissional da OEI, Tamara Díaz Fouz, juntamente com Mara Borchardt, Diretora da Iniciativa Program.AR ; María José Velásquez, Especialista em Educação Digital, UNICEF LACRO; Lucia Dellagnello, Consultora em Educação Digital e Renato Opertti, Coordenador da Cátedra UNESCO em Educação Híbrida da Universidade Católica do Uruguai e especialista sénior do Departamento Internacional de Educação da UNESCO, participaram no painel “Novas formas de educar, aprender e avaliar com a ajuda das tecnologias”.

No diálogo, a Diretora salientou que os professores devem ser envolvidos nos processos e espaços de diálogo e que “quando falamos de ensino estamos a falar de uma componente afetiva e emocional, estamos a falar de contacto, de intuição”.