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A OEI irá promover as rotas culturais ibero-americanas graças ao apoio do Conselho da Europa

La OEI promoverá las rutas culturales iberoamericanas gracias al respaldo del Consejo de Europa

A 9 de Junho, a OEI recebeu aprovação para integrar o Comité Diretor do Acordo Parcial Alargado, dos Itinerários Culturais do Conselho da Europa. Isto permitirá levar à Ibero-América as rotas culturais europeias e impulsionar novos itinerários, assim como o seu estudo de ambos os lados do Atlântico.

Este apoio do Conselho da Europa, concedido à OEI na categoria de Participative Status, envolve a procura conjunta de apoios institucionais e económicos para reforçar os itinerários culturais nas regiões europeia e Ibero-Americana. Desta forma, ambas entidades trabalharão em conjunto para alargar os itinerários culturais do Conselho da Europa aos países ibero-americanos, bem como para promover novas rotas e integrar as universidades da região na Rede Universitária de Investigação de Rotas Culturais.

Esta proposta de plano de acção proposto, elaborada em 2020, contém acções para ajudar a promover a extensão dos itinerários culturais do Conselho da Europa aos países ibero-americanos, incluindo os Caminos de Santiago, a Réseau Art Nouveau, a Rota Europeia do Património Judaico, o Legado Andalusí e a Rota Carlos V. Do mesmo modo, o plano procura apoiar a consolidação das capacidades de gestão das rotas e itinerários culturais já existentes através de ações de formação, a elaboração de estudos ou a realização de eventos regionais com impacto nas rotas ibero-americanas como Os Caminhos Reais, o Qhapaq Ñan, a Rede Mundial de Cidades Magalhânicas, o Caminho dos Jesuítas, entre muitas outras.

A criação pela Secretaria-Geral da OEI de uma Direcção Geral da Cultura e de uma área relacionada com Património e Rotas Culturais no seu mais recente Programa-Orçamento fornece um quadro apropriado para reforçar a colaboração através dos seus escritorios nacionais. Isto fará avançar as acções de apoio no âmbito do acordo, bem como do mandato recebido, e promoverá o papel da OEI como ponte entre a América Latina e a Europa através da cooperação bi-regional, da partilha de conhecimentos e da valorização das experiências entre regiões.

Os Itinerários Culturais como modelo de desenvolvimento

O Programa de Itinerários Culturais do Conselho da Europa, através da sua agência técnica -o Instituto Europeu de Rotas Culturais e Itinerários- foi lançado em 1987, com base na Declaração de Santiago de Compostela. O principal objectivo do programa é contribuir para o reforço das culturas, identidades e valores de cidadania através do conhecimento, promoção e sensibilização acerca da importância do património cultural e desenvolver as ligações culturais e o diálogo dentro e fora da Europa.

Atualmente, fazem parte do programa 45 Itinerários Culturais certificadas pelo Conselho da Europa, que incluem atividades de lazer e educação e recursos para um turismo responsável e desenvolvimento sustentável, desde a arquitectura e paisagem, a influências religiosas, gastronomia, património, arte, música ou literatura.

Do número total de rotas certificadas até à data, 23 atravessam o território espanhol e 15 atravessam Portugal, incluindo, além do já mencionado e mundialmente reconhecido Caminho de Santiago, muitas outras como a Rota Europeia de cidades terminais, O Legado Andaluz/Itinerário del Mudéjar, a Rota Carlos V, a Rota do Património Industrial, a Rota Europeia dos Jardins Históricos, entre outras. Ambos os países integram o Conselho de Administração do Acordo Parcial Alargado desde 2011.

A actual situação social e económica causada pela pandemia pôs em evidência a contribuição do património para as agendas sobre sustentabilidade, investigação e inovação e criatividade, alterações climáticas, desenvolvimento e coesão social e territorial. Neste sentido, o modelo de rotas culturais que se desenvolvem no âmbito ibero-americano e europeu entre comunidades, territórios, nações e países constitui não só uma referência mas também um caminho para promover a cooperação cultural no domínio do património nos países de ambas as regiões.