Ibero-América é ciência: quase mil cientistas compartilharam suas pesquisas na IV Noite Ibero-Americana d@s Pesquisador@s
A quarta edição do evento, que visa aproximar o trabalho dos e das cientistas da sociedade, contou com a participação de 948 pesquisadores de 16 países da região em mais de 450 atividades.
Nos dias 29 e 30 de setembro, a Ibero-América voltou a conhecer o apaixonante mundo da ciência a partir dos trabalhos científicos mais interessantes e curiosos que foram expostos durante a IV edição da Noite Ibero-Americana d@s Pesquisador@s. Este encontro tem o objetivo de destacar o valor da divulgação científica com um selo ibero-americano, promovido desde 2020 pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e pela Fundação Madri+d.
Cerca de mil cientistas de 250 instituições da região apresentaram à comunidade os avanços e resultados de suas pesquisas, que este ano foram marcadas pela transição energética, agronegócio, desenvolvimento sustentável, educação e desenvolvimento tecnológico. Nesta edição, cerca de 4.000 pessoas prestigiaram ou participaram dos eventos que ocorreram simultaneamente em toda a Ibero-América.
Aprender a calcular quantos animais vivem em um determinado lugar em Honduras, comparar a meteorologia da Terra e de Marte em Cuba, passar “Uma noite no laboratório” no Panamá ou desfrutar de um concerto de rock didático enquanto músicos-cientistas ensinavam sobre genética ou biotecnologia no Uruguai, foram algumas das experiências vividas nesta edição da Noite, onde também houve espaço para diferentes tipos de atividades, como palestras, workshops, fóruns, exposições e conferências magnas.
Atividade “Uma noite no laboratório” no Panamá. |
Este ano, vale a pena ressaltar a participação de pesquisadores e pesquisadoras de 16 países ibero-americanos (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai), em mais de 450 atividades inéditas que foram realizadas virtualmente via streaming, por meio da plataforma criada para o evento. Pela primeira vez, também foram incluídas algumas atividades presenciais.
Um evento que está se consolidando
Desde sua primeira edição em 2020, em plena pandemia da covid-19, e com a participação de apenas três países, Argentina, Equador e Uruguai, a Noite Ibero-americana d@s Pesquisador@s tem agregado mais países e mais atividades ao longo dos anos, consolidando-se como uma das maiores plataformas de divulgação científica da região ibero-americana em espanhol e português.
Das 24 atividades da primeira edição, vistas por mais de 6.000 pessoas, no ano seguinte o evento ultrapassou as 100 atividades, com a participação de quase 80 instituições e cerca de 150 pesquisadores e pesquisadoras de sete países (Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, México e Uruguai), números que triplicaram na terceira edição, em 2022, atingindo um total de quase 300 atividades e 450 cientistas de mais de 100 instituições participantes.
Em seu quarto ano consecutivo, o evento contou pela primeira vez com países como Bolívia e Cuba, e teve uma porcentagem maior de pesquisadoras do que de pesquisadores – quase 500 contra pouco mais de 350 pesquisadores, representando quase 60% -, um marco na representação de gênero em eventos dessa natureza.