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OEI reúne em Madri, pela primeira vez, comunidade universitária ibero-americana para criar uma agenda de trabalho comum

A Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) reuniu ontem em Madri algumas das principais autoridades em educação superior de vários países ibero-americanos.

A Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) reuniu ontem em Madri algumas das principais autoridades em educação superior de vários países ibero-americanos. É a primeira vez que os sistemas universitários da região se reúnem para tratar de um plano e um cronograma de trabalho para criar um Espaço Ibero-Americano do Conhecimento, no qual a mobilidade acadêmica, a convergência dos nossos sistemas universitários e a geração de conhecimento são os eixos principais.

A educação superior na Ibero-América já conta com cerca de 30 milhões de estudantes universitários e muitos deles são os primeiros de suas famílias a ingressar na universidade, segundo explicou o secretário-geral da OEI, Mariano Jabonero.

A OEI tem contribuído para esta conquista e para continuar a prestar a sua contribuição no futuro vai lançar a partir de 2019 o Programa Paulo Freire plus, que faz parte do Programa de Educação Superior da organização para 2019-2020. “Consistirá no financiamento de bolsas de estudo pré-doutorais para estudantes que queiram cursar programas de doutorado em uma universidade ibero-americana de um país diferente do de sua origem, bem como financiar projetos de pesquisa compartilhados entre várias universidades da região, de modo que a OEI possa contribuir diretamente para a geração de novos conhecimentos”, expôs Jabonero.

Durante o ato público de apresentação do Programa de Educação Superior da OEI, que aconteceu no auditório da Universidade Complutense de Madri, o secretário-geral de Universidades do Ministério da Ciência, Inovação e Universidades do Governo da Espanha, José Manuel Pingarrón, expressou que: “queremos que haja equidade com excelência porque senão a universidade não poderá cumprir a sua função de geração, transmissão e transferência de conhecimento”. Pingarrón também destacou a importância de organizações como a OEI liderarem programas de educação, ciência e cultura “para que a região ibero-americana seja verdadeiramente uma região do conhecimento”.

Por sua vez, o ministro da Educação e Ensino Superior de Andorra, Eric Jover, declarou que “a educação superior deve estar mais conectada com a sociedade e responder às suas exigências e para isso conta com a OEI”.

No momento do debate sob o título “A educação superior ibero-americana frente aos desafios da 4ª revolução industrial”, o porta-voz de Educação e Pesquisa do Grupo Socialista da Assembleia de Madri, Juan José Moreno Navarro, ressaltou a importância da transformação digital. “Segundo um estudo da Universidade de Oxford, em 20 anos, mais de 700 profissões desaparecerão. Não haverá menos emprego, mas será diferente e os postos de trabalho estarão em lugares diferentes. Temos tempo para nos adaptar e a educação superior tem um papel importante a desempenhar nesse âmbito”, disse ele.

Um futuro promissor se abre para as universidades da Ibero-América, de acordo com o presidente do Conselho Assessor da OEI e ex-secretário de Educação Pública do México, Otto Granados: “tudo indica que vai haver mais anos de crescimento bruto de matrículas universitárias na Ibero-América”.