OEI apresenta a Co.liga na Semana da Inovação 2022
Dos 50 milhões de jovens no Brasil, 27,1 milhões (54%) estão desocupados, segundo o Atlas das Juventudes. Indústrias da Economia Criativa cresceram 70% entre 2005 e 2015 no Brasil, representando 2,6% do PIB brasileiro, segundo a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). A indústria criativa movimentou R$171 bilhões em 2017, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
“Sobreviver e viver são termos tão distintos. Sobreviver ou morrer, então eu sobrevivo”. Foi com esse trecho da música Escolhas, de Rebeca Realleza, que a coordenadora de projetos especiais da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), Sandra Sérgio, abriu a sua ted talk no palco principal da Semana da Inovação 2022, na Enap, em Brasília. O objetivo foi mostrar o que a organização, em parceria com a Fundação Roberto Marinho (FRM), está fazendo para mudar a realidade de milhares de jovens brasileiros que estão desocupados. “Eu apresento para vocês a co.liga: uma escola que promove, educação, trabalho e comunidade”, celebra ela.
Tendo em vista os mais de R$171 bilhões movimentados pela indústria criativa em 2017, segundo a Firjan, e os milhões de jovens com energia para gastar, mas sem um caminho certo para trilhar, a co.liga foi criada para conectar juventudes, profissionais e empresas da economia criativa por meio de uma plataforma digital que oferece cursos gratuitos e outras oportunidades para facilitar a inserção produtiva. A escola oferece conteúdo educacional desenvolvido por profissionais do mercado, mentores para apoiar a formação dos estudantes, oportunidades de trabalho oferecidas por empresas e uma comunidade de ‘co.legas’ para trocar ideias.
Lançada em novembro de 2021, a co.liga já chegou à marca de 18 mil jovens atendidos em seus 36 cursos, que vão desde fotografia, design para web e roteiro audiovisual até turismo para cidades criativas, passando por produção musical, produção de infográficos e muitos outros.
“A gente não quer que esses jovens sobrevivam. A gente quer que eles vivam: do seu sonho, da sua arte, do seu talento. Para isso, a gente precisa promover capacitação, conexão e oportunidades”, ressalta.
Para aumentar a capacidade de alcance da co.liga, a OEI e a FRM estão trabalhando para ampliar as parcerias com foco na criação de novos cursos, novas oportunidades e novos pontos físicos de apoio para jovens de todo país. “Não estamos em busca de parcerias com organizações que precisam do que estamos fazendo. Estamos em busca de pessoas que acreditam no que nós acreditamos: no potencial da nossa juventude, do nosso país e, sobretudo, no potencial da cooperação”, finaliza a coordenadora.