Ir al contenido
Área Educación superior y ciencia · Desarrollo Social, Institucional y Cooperación
Sede Portugal
Tipo Institucional/OEI

OEI participa no X Encontro “Triângulo Estratégico: América Latina e Caraíbas – Europa – África”

OEI participa no X Encontro “Triângulo Estratégico: América Latina e Caraíbas – Europa – África”

Terça e quarta-feira desta semana, dias 23 e 24 de fevereiro, decorreu de forma virtual a décima edição do Encontro “Triângulo Estratégico: América Latina e Caraíbas – Europa – África”, organizado pelo IPDAL – Instituto para a Promoção da América Latina e Caraíbas, que conta com a OEI como um dos parceiros.

Estes encontros pretendem ser uma plataforma de diálogo político e económico sobre o Atlântico. Reúnem instituições internacionais e grandes empresas portuguesas, bem como líderes políticos e empresariais da América Latina, Europa e África, com o objetivo de encontrar processos de melhoria nas relações atlânticas, mantendo Portugal como o centro deste relacionamento intercontinental.

O tema desta X edição, “Recuperação Económica e Saúde Global”, trouxe uma reflexão multidisciplinar sobre as respostas diplomáticas, financeiras e políticas que irão potenciar a recuperação económica triangular, e uma discussão sobre os paradigmas legais e empresariais de cooperação económico-científica da próxima década.

Contou, nomeadamente, com a participação do Presidente da República de Cabo Verde, de Ministras de Andorra, Angola, Cuba e Panamá, bem como de representantes da EU-LAC, CEPAL, Banco Mundial, BID, CAF e CPLP. O encerramento do evento esteve a cargo da Secretária-Geral da SEGIB, do Ministro dos Assuntos Exteriores do Chile e do Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.  

As desigualdades na distribuição das vacinas contra a COVID-19, a retoma da economia pós-pandemia,  o papel dos governos na resposta diplomática e o das organizações multilaterais na resposta económica, os desafios da ciência e da educação, e a importância de coordenação entre os países foram os principais assuntos levados a debate no primeiro dia do encontro.

No segundo e último dia, os temas centrais em discussão foram o papel da indústria da saúde no serviço às populações, a relação entre investigação, economia e democracia, e a cooperação para a saúde.

Na sua intervenção, dedicada ao papel da ciência e da educação na recuperação, Ana Paula Laborinho, Diretora do Escritório da OEI em Portugal e Diretora-Geral do Programa de Bilinguismo e Difusão da Língua Portuguesa da OEI, destacou que o grande desafio passa por dar um salto qualitativo no modelo de educação para que a geração atual não seja uma “geração perdida”, com aceleração da educação digital e medidas para evitar o aumento do abandono escolar, nomeadamente no ensino superior, num momento em que se assistia a um crescimento exponencial da sua frequência. “A pandemia veio ensinar que as respostas têm de ser globais e é cada vez mais importante que trabalhemos em rede e seja reforçado o sistema multilateral em todos os domínios”. Frisou ainda que a OEI considera imprescindível que os países ibero-americanos assumam a decisão estratégica de fortalecer a sua capacidade científica, tecnológica, de investigação e inovação num contexto em que a pandemia colocou, no centro da atenção pública e das decisões políticas, a necessidade de dispor de dados e evidências científicas. Destacou as várias publicações elaboradas pela organização ou em que a mesma tem colaborado, dotando os governos de indicadores e recomendações que permitem acelerar a resposta à grave crise e às suas consequências no aumento das desigualdades.