9% da produção mundial de artigos científicos sobre a COVID-19 tem selo ibero-americano
A OEI, através do seu Observatório Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Sociedade, publicou o relatório “A resposta da ciência da ciência à crise da COVID-19".
A OEI, através do seu Observatório Ibero-americano de Ciência, Tecnologia e Sociedade, publicou o relatório “A resposta da ciência à crise da COVID-19«, um estudo que aborda o papel desempenhado pela ciência mundial, e especialmente pela ciência ibero-americana, face à crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. Este documento, que faz parte da série “Papéis do Observatório», apresenta uma descrição da primeira reação da ciência à crise da COVID-19 e levanta algumas questões que permitem retirar lições para o futuro.
Das conclusões deste trabalho, destaca-se que:
– Nos primeiros tempos, as publicações concentraram-se nas instituições chinesas, mas, seis meses após a crise, a investigação já envolvia autores de 179 países.
– As primeiras contribuições da América Latina apareceram pouco depois do início da crise, a 30 de janeiro. A partir de abril, o ritmo de produção cresceu rapidamente, impulsionado principalmente por publicações de autores espanhóis e brasileiros. Até 15 de julho, a Ibero-América tinha acumulado 2.774 artigos sobre a COVID-19 no PubMed.
– Em janeiro e fevereiro de 2020, o nível de colaboração internacional, refletido na assinatura conjunta de artigos científicos por autores de diferentes países, representou 25% e 27% do total de publicações, respetivamente. A partir de março, com a rápida expansão da produção científica mundial, o nível de colaboração internacional caiu para 21%, que se manteve praticamente inalterado até julho.
– A revisão da literatura mostra como vários grupos temáticos de investigação foram estabelecidos. Globalmente, existem núcleos orientados para o estudo do vírus e para o diagnóstico da doença. Foram também identificados estudos relacionados com os efeitos psicológicos do isolamento. A nível da América Latina, são identificados núcleos relacionados com o tratamento de pacientes e a gestão dos sistemas de saúde.
– Alguns dos países da região mobilizaram fundos para assegurar que o sistema científico e tecnológico tivesse o apoio necessário para criar e divulgar instrumentos de investigação, desenvolvimento, tratamento e contenção do vírus. Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru, Espanha e Portugal criaram comités de peritos, formaram consórcios para o desenvolvimento tecnológico de insumos e outros elementos necessários para enfrentar a pandemia, financiaram projetos de investigação e promoveram o desenvolvimento de ferramentas de apoio às pequenas e médias empresas.
– Muitos dos esforços globais de I&D visam o desenvolvimento de tratamentos e vacinas para tratar a COVID-19. Na América Latina, com exceção do Paraguai e de alguns países da América Central, todos os restantes países tiveram alguns ensaios clínicos ativos.
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