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OEI aposta na criação de “Espaço Ibero-americano do conhecimento”

A coordenadora de Educação Superior, ETP e Ciência da OEI, Ana Capilla, esteve esta semana em Lisboa onde reuniu com várias entidades portuguesas. Foram apresentados os principais eixos programa do ensino superior e ciência, de forma a construir p…

A coordenadora de Educação Superior, ETP e Ciência da OEI, Ana Capilla, esteve esta semana em Lisboa onde reuniu com várias entidades portuguesas. Foram apresentados os principais eixos programa do ensino superior e ciência, de forma a construir parcerias que contribuam para construir e reforçar o “Espaço Ibero-americano do conhecimento”.

A visita da coordenadora de Educação Superior, ETP e Ciência, Ana Capilla, teve uma intensa agenda de contactos em que participou a Diretora do Escritório da OEI em Portugal, Ana Paula Laborinho, e a responsável local pelo Programa de Ensino Superior e Ciência, Ana Ribeiro Alves. O Programa-Orçamento da OEI para 2019-2020 destaca, pela primeira vez, o ensino superior no contexto da Educação, em linha com a Agenda 2030. Atualmente 30 milhões de estudantes frequentam o ensino superior, o que representa um grande desafio em termos de oferta de qualidade.

Ana Capilla e Ana Paula Laborinho reuniram com o Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, tendo ficado clara a disponibilidade para colaborar com a OEI e incentivar a troca de boas práticas em domínios como a transferência de tecnologia, o ensino a distância ou o desenvolvimento de projetos de investigação mistos que possam ser apoiados por fundos internacionais nomeadamente nas áreas do espaço ou do mar.

Reuniram também com o Diretor-Geral do Ensino Superior, João Queiroz, com o Vice-Presidente para a internacionalização da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), José Paulo Esperança, e com dirigentes de várias instituições portuguesas ligadas aos ensino universitário como a Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), e a Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado (APESP). Destaca-se ainda o encontro com a Reitora do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE- IUL), Doutora Maria de Lourdes Rodrigues, que acolherá entre 8 e 10 de setembro o 25º Encontro da Rede de Indicadores de Ciência e Tecnologia (RICYT) da OEI.

A OEI tem vindo a impulsionar a mobilidade académica contribuindo para um autêntico “espaço ibero-americano do conhecimento”. É por isso que Ana Capilla considera ser primordial o diálogo com as universidades “porque, afinal, o que queremos é construir esses elementos comuns que nos vão permitir avançar e ter um espaço mais integrado onde os nossos sistemas serão mais compatíveis e mais comparáveis. Consequentemente, os estudantes e os professores poderão mover-se, havendo muito mais mobilidade.” A coordenadora de Educação Superior, ETP e Ciência da OEI sublinhou que é necessário que haja uma métrica comum “e também que os sistemas de garantia de qualidade sejam similares entre os países, pois isso gera confiança entre as universidades e os países.”

Foi ainda apresentado aos parceiros o Programa Paulo Freire Plus que visa promover a mobilidade para formação avançada a nível de doutoramento, contribuindo assim para o aumento da atividade científica e para a criação de redes universitárias temáticas. A OEI visa aumentar o número de doutorados na região ibero-americana e contribuir para a qualidade educativa das universidades. Segundo os últimos dados, em média, menos de 12% dos professores universitários na Ibero-América têm doutoramentos. Por isso, Ana Capilla afirma que “para a OEI esse é um objetivo prioritário, que haja mais doutores, em concreto mais professores universitários doutores. Por isso, o Programa Paulo Freire Plus tem uma modalidade, chamada de sénior, especialmente dirigida para eles, para que seja compatível com o seu trabalho na universidade e com as suas famílias.”

O objetivo é também promover a investigação científica nas universidades da região ibero-americana. Cabe depois, às universidades, transferir o resultado dessas investigações para a sociedade. “Na América Latina existem circunstâncias complicadas desde sociais a ecológicas. A Universidade tem de estar um pouco ao serviço da sociedade envolvente de modo a encontrar a solução com as suas investigações”, concluiu Ana Capilla.

 

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