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Área Cultura
Sede Portugal
Tipo Projetos

Actividades de la residencia artística: “Se a pele é fronteira, o corpo é território” presentadas en Elvas

Actividades de la residencia artística: "Se a pele é fronteira, o corpo é território" presentadas en Elvas

Decorreu esta segunda-feira, 22 de junho, em Elvas, a apresentação dos trabalhos e projetos da residência artística «Se a pele é fronteira, o corpo é território», desenvolvida pelo Agrupamento de Escolas (AE) nº 3 de Elvas - com epicentro na escola de Vila Boim - e pela associação UMCOLETIVO; que contou com o apoio do Plano Nacional das Artes (PNA) e da Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

Na sessão de apresentação, participaram a Diretora do Escritório da OEI em Portugal, Ana Paula Laborinho; o Comissário do PNA, Paulo Pires do Vale; a Diretora do Agrupamento de Escolas nº 3 de Elvas, Fátima Pinto; o Professor Coordenador do Projeto Cultural de Escola, Paulo Forreta Rodrigues, e Cátia Terrinca e João P. Nunes, da associação UMCOLETIVO.

A Diretora da OEI Portugal, Ana Paula Laborinho, congratulou-se pela participação ativa dos alunos e pelo interesse da comunidade educativa e pais; pelo trabalho transfronteiriço e colaboração entre a escola de Badajoz IES Reino Aftasí e a escola de Elvas, realçando a importância da circulação de artistas e objetos artísticos com uma relação com as línguas portuguesa e espanhola, nas suas mais diversas expressões culturais. “O projeto integra conhecimentos que são o caminho para a mudança nas escolas. Importa levar a experiência de Portugal aos outros países ibero-americanos.”

O comissário do Plano Nacional das Artes, Paulo Pires do Vale, referiu que o Projeto Cultural de Escola permite uma formação integral e a abertura de horizontes. “O projeto implica o envolvimento global da escola e a integração de áreas como a cidadania, matemática, física. O PNA confia muito nos artistas e vê este projeto como transformador da escola.”

O Coordenador do Projeto Cultural de Escola, Paulo Forreta Rodrigues, referiu: “O nosso projeto cultural de escola visou, para além da valorização da cultura local, permitir aos nossos alunos conhecer outras realidades e linguagens artísticas, constituindo-se o nosso agrupamento como veículo de cultura para a comunidade. Aceitámos este desafio porque acreditamos que, sem descurar a importância do conhecimento técnico, uma escola que queira fornecer aos seus alunos uma formação holística deve proporcionar-lhes oportunidade de contactar com diversas expressões artísticas.”

O projeto “Se a pele é fronteira, o corpo é território consistiu no desenvolvimento de uma série de laboratórios, para explorar a dimensão filosófica, física e cultural das fronteiras, com toda a comunidade escolar.

O trabalho proposto pela associação UMCOLETIVO centrou-se na ideia de justapor indivíduo e território, intimidade e cidadania, assumindo que o corpo transforma a paisagem como a paisagem transforma o corpo e, por isso, estabelecendo uma metáfora entre a pele e a fronteira.

Entre abril e junho de 2021, foram desenvolvidas várias atividades com alunos e turmas das escolas do AE nº 3, tais como: “Representações do Invisível”; Clubes das Artes; Monólogos; Diálogos, espetáculos musicais e sessões de contos.

A sessão terminou com a exibição da curta-metragem “Trova da Outra Margem do Tempo”, baseada numa história de contrabando de um casal de Elvas e filmado em Vila Boim. A mulher do contrabandista, uma das figuras inspiradoras do filme, esteve presente para partilhar a experiência com os alunos e estimular a interpretação dos valores do mesmo.

UMCOLETIVO é uma associação cultural, fundada em 2013, que desenvolve atividades no âmbito da criação artística, tendo como eixos essenciais o teatro, a performance e a palavra – onde transversalmente se encontra uma ideia de reescrita, de tempo real e de voz.

A estrutura desenvolve uma forte relação com Elvas, local onde está sediada e território de implementação da maioria das atividades. A relação com o território e com as suas características específicas – a sua condição marginal face aos grandes centros urbanos, a sua condição fronteiriça e a utilização quotidiana de duas línguas distintas: o português e o castelhano – determinam a sua programação e refletem a intenção de experimentar e esbater fronteiras em diferentes áreas artísticas, explorando a criação de objetos híbridos.

A UMCOLETIVO promove, também, o Festival “A Salto”, que privilegia a apresentação pública de projetos artísticos contemporâneos transdisciplinares, em diálogo com a topografia social e arquitetónica do município fronteiriço de Elvas. Na próxima edição, será exibido o documentário sobre o processo criativo da residência artística «Se a pele é fronteira, o corpo é território».

Este projeto ocorre no âmbito do protocolo de colaboração, firmado entre a OEI e o Plano Nacional das Artes, que visa a promoção do desenvolvimento da educação e da cultura.