Espanha e Portugal concordam em fazer avançar o projeto “Escolas de fronteira” da OEI
Durante a XXXIV Cimeira Luso-Espanhola, realizada no dia 15 de março em Lanzarote, Ilhas Canárias, os governos de ambos os países deram um novo impulso a este projeto, que procura reforçar a geminação das escolas de ambos os lados da fronteira.
Com a assinatura de um memorando de entendimento, a ministra da Educação e Formação Profissional de Espanha, Pilar Alegría, e o ministro da Educação de Portugal, João Costa, concordaram, durante a XXXIV Cimeira Luso-Espanhola, realizada no dia 15 de março em Lanzarote, Ilhas Canárias, em fazer avançar o projeto de educação bilingue e intercultural “Escolas de Fronteira”, do qual a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) é uma parceira estratégica.
O projeto já começou, no ano letivo passado, em 6 escolas de Andaluzia, Extremadura e Castela e Leão, do lado espanhol, e em 10 do lado português, localizadas em Bragança, Guarda, Elvas e Vila Real de Santo António. Mais de 600 estudantes e cerca de 40 professores do 1º ao 6º ano das escolas destas localidades participaram no projeto.
O objetivo do projeto é promover o bilinguismo e o conhecimento da cultura do outro lado da fronteira. A assinatura deste protocolo reforçará a colaboração entre os professores, estudantes e as escolas para possibilitar o bilinguismo, a interculturalidade e o intercâmbio de conteúdos, bem como a geminação entre as escolas através de novos projetos de colaboração interinstitucional.
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Esta iniciativa, lançada pelas secretarias da Educação das comunidades autónomas de Espanha e pelo ministério português, é coordenada pela Direção-Geral do Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola da OEI, com sede em Lisboa. A educação intercultural bilingue e multilingue é uma área de trabalho da OEI em vários países da região, incluindo o Brasil, onde têm sido desenvolvidos projetos nas fronteiras com os seus vizinhos falantes de espanhol.
“Para a OEI, é uma enorme satisfação poder servir de ponte entre os governos da região para que um projeto tão especial como o ‘Escolas de Fronteira’ continue a ser uma realidade, uma vez que persegue um dos nossos principais objetivos: promover a intercompreensão entre o espanhol e o português”, disse Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI. “Estas línguas irmãs formam, juntas, uma comunidade bilingue de mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, com um enorme potencial cultural e económico, que precisa de ser consolidado desde as primeiras fases da educação”, salientou ele.