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Porque é importante desenvolver as nossas línguas na IA?

Porque é importante desenvolver as nossas línguas na IA?

06 de maio de 2024

Secretaria-Geral

Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola

Por ocasião das comemorações do Dia Internacional da Língua Portuguesa, a 5 de maio, a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) convida a refletir sobre os benefícios da promoção das línguas e do desenvolvimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial generativa.

No dia 5 de maio assinalou-se o Dia Internacional da Língua Portuguesa, uma língua que é atualmente falada por mais de 230 milhões de pessoas no mundo e que está presente em quatro continentes, para além de ser reconhecida como a língua mais falada no hemisfério sul. Atualmente, é a língua principal de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Uma língua de carácter pluricêntrico que, juntamente com o espanhol, constitui uma comunidade de mais de 850 milhões de falantes em todo o mundo e que, com a aceleração do desenvolvimento de novas tecnologias como a inteligência artificial generativa, exige um esforço acrescido de várias áreas da academia e da investigação, bem como dos sectores público e privado, para o desenvolvimento de modelos verdadeiramente eficazes que se adaptem à realidade e às necessidades desta língua.

Assim, a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) apresenta 5 razões para promover a IA na língua portuguesa:

  • Inclusão e acesso: Para promover a inclusão digital e garantir que mais pessoas tenham acesso às tecnologias com base na IA.
  • Colaboração internacional: Para possibilitar a cooperação entre os países de língua portuguesa e outras nações. Tal é fundamental para os avanços na investigação e no desenvolvimento tecnológico.
  • Desenvolvimento económico: Para promover o sector económico, o que inclui oportunidades de negócios, inovação e criação de emprego.
  • Educação e aprendizagem: Para disponibilizar recursos educativos que contribuam para o acesso a uma educação de qualidade.
  • Desenvolvimento de aplicações locais: Para implementar aplicações específicas para as necessidades locais, tais como soluções de saúde, assistência jurídica, serviços públicos, entre outros.

Precisamente para debater este e outros desafios, a OEI, em conjunto com o Instituto Guimarães Rosa, realizará no próximo mês de setembro, em Brasília, a conferência ‘Língua Portuguesa e Inteligência Artificial’, uma iniciativa para refletir sobre questões como “quais são os riscos atuais associados ao desenvolvimento da IA relativamente às línguas e às comunidades linguísticas, em especial ao português?” ou “como é que os países lusófonos enfrentam os desafios e as oportunidades colocadas pela IA no domínio linguístico e como podem dar uma resposta coletiva?"

A conferência procurará também apoiar o desenvolvimento esclarecido e urgente de políticas públicas destinadas à preparação tecnológica da língua portuguesa, à cooperação estratégica com o espanhol e à promoção da soberania tecnológica, linguística e cultural dos seus falantes na era da IA.

António Branco, diretor-geral da PORTULAN CLARIN Infraestrutura de Investigação para a Ciência e Tecnologia da Linguagem, e professor na Universidade de Lisboa, reforça neste dia um apelo da comunidade científica para que se defina “um plano de preparação tecnológica para a língua portuguesa para que a possamos continuar a utilizar livremente na era digital”.

Esta iniciativa é promovida pela Direção-Geral do Multilinguismo e Promoção das Línguas Portuguesa e Espanhola, criada em 2019, que visa contribuir para o multilinguismo e o multiculturalismo na região e que, entre outras coisas, introduziu importantes iniciativas ligadas ao desenvolvimento destas línguas como referências da ciência e da cultura no mundo, como, por exemplo, a Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola (CILPE) ou o projeto ‘Escolas de Fronteira.

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