A educação popular na Ibero-América
A educação popular na Ibero-América
Processos históricos e contribuições para uma pedagogia libertadora
Este livro presta contas da trajetória da educação popular e da educação de jovens e adultos na região ibero-americana. É uma iniciativa que se insere no contexto da celebração do 75º aniversário da fundação da Organização de Estados Ibero-Americanos, OEI.
Valorizamos a educação popular na Ibero-América para refletir e, fundamentalmente, aprofundar sobre o futuro da educação popular na Ibero-América de um ponto de vista histórico, político, filosófico e pedagógico.
Percorrer a história da OEI é percorrer a história da cooperação ibero-americana, por isso o livro também dá conta, de alguma forma, do trabalho da organização para alcançar uma educação pública de qualidade, emancipadora, inclusiva e transformadora.
Não se trata de um exercício de nostalgia, mas de reivindicação e validação daquela que é talvez a maior contribuição educacional da região para o mundo: seus referências intelectuais são brilhantes (Freire, Ezequiel, Rivero, Leis, Noel…) e suas conquistas, evidentes em termos de políticas públicas, como demonstram os grandes avanços que alcançamos em matéria de alfabetização e educação de jovens e adultos em nossa região por meio de programas como o PIA, aprovado em uma Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, o Yo Sí Puedo, com grande presença em diversos locais, e os PAEBAS, cujos resultados mereceram reconhecimento generalizado.
Por último, a publicação também tem o objetivo de servir como homenagem ao legado de Noel Aguirre Ledezma, que, com paixão e coerência, se destacou como educador popular na região da América Latina e do Caribe, como trabalhador e servidor público boliviano, membro do Conselho de Educação Popular da América Latina e do Caribe (CEAAL) e como diretor da OEI da Bolívia, em seus últimos anos de vida. Noel tinha a incumbência da Secretaria-Geral da OEI de coordenar a produção de um livro sobre educação popular e este é o resultado que, com brilhantismo e muito trabalho, coordenaram Miriam Camilo, Nélida Céspedes e Jorge Osorio.
