A transferência de cohecimento na Ibero-América: sistematização da experiência – piloto do programa FORCYT. Relatorio final 2023
Este relatório pretende ser um documento de sistematização das conclusões, lições aprendidas, ensinamentos e recomendações de todo o trabalho realizado em parceria com a Fundação Botín e em colaboração com as equipes de pesquisa e instituições participantes do programa FORCYT
Durante pouco mais de dois anos, a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e a Fundação Botín, com a colaboração do Centro Comum de Pesquisa (Joint Research Center) da Comissão Europeia, desenvolveram um projeto-piloto para melhorar a capacidade de transferência de conhecimento de grupos de pesquisa biomédica da América Latina. O projeto faz parte do programa FORCYT1 para o fortalecimento dos sistemas científicos da Ibero[1]América, financiado pela União Europeia por meio do instrumento de Facilidade de Desenvolvimento em Transição gerenciado pela Direção-Geral das Parcerias Internacionais (DG INTPA). Nesse período, quatro grupos de pesquisa biomédica, dois do Chile e dois da Colômbia, desenvolveram um programa de acompanhamento e assessoria personalizada. Além disso, esses grupos receberam formação prática ministrada por especialistas reconhecidos no setor.
O projeto-piloto produziu resultados importantes:
- Mais cultura de transferência e implementação de novas metodologias: todos os pesquisadores envolvidos se conscientizaram da importância de mudar sua forma de trabalho para permitir a transferência de seus resultados.
- Institucionalização da mudança: todos os participantes estiveram em contato ativamente com os escritórios de transferência e relataram que isso proporcionou um melhor conhecimento dos apoios disponíveis e facilitou uma maior comunicação.
- Resultados preliminares concretos: em alguns casos.
Sabendo que o modelo funciona, para começar a ter um impacto significativo e sustentável na qualidade da transferência do sistema de pesquisa biomédica da região, seria necessário:
- Aumentar a escala do programa em termos de prazo, territórios e número de pessoas beneficiárias.
- Potencializar o envolvimento e a participação dos escritórios de transferência e licenciamento.
- Incorporar especialistas com conhecimento dos marcos legais nacionais.
- Obter recursos específicos para apresentar pedidos de patentes, realizar pesquisas de mercado, elaborar planos de negócios etc.