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A OEI e a UCCI lançam um guia que destaca a pegada artística, botânica e histórica da Ibero-américa no Parque Retiro de Madrid.

OEI y UCCI lanzan una guía que reivindica la huella artística, botánica e histórica de Iberoamérica en el parque del Retiro de Madrid

Esta manhã, na Casa de América em Madrid, foi apresentado o guia Rotas artísticas, botánicas e históricas da Ibero-américa em Madrid (Retiro), uma obra que realça o legado da região no coração da capital espanhola.

Na quinta-feira, 24 de Fevereiro, a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI) e a União das Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI) apresentaram a obra Rotas artísticas, botânicas e históricas da Ibero-américa (Retiro), na Casa de América em Madrid, tendo o seu director, Enrique Ojeda, dado as boas-vindas aos participantes.

A publicação, editada pelas duas organizações e disponível em espanhol e português, reúne o importante legado ibero-americano que ainda está vivo e bem vivo no Parque Retiro de Madrid. Neste sentido, o guia destaca o vasto património artístico, monumental e botânico que, ao longo dos séculos, se consolidou neste ponto nevrálgico da capital espanhola no quadro das inúmeras viagens de ida e volta de um lado ao outro do Atlântico.

Assim, o guia propõe um passeio por três rotas: “Passeio histórico do Olivar de Atocha à Puerta de la América Española”, “Caminho botânico, árvores da América em Madrid” e “Gincana através da presença da Ibero-américa em El Retiro, através da sua toponímia”. Três rotas que servem para recuperar o património cultural ibero-americano comum, reavaliando assim o espaço público como património cultural e natural e nas quais o leitor descobrirá uma visão diferente de El Retiro.

 

Mariano Jabonero, Almudena Maíllo, Enrique Ojeda, Salvador Arriola, Alida Juliani e Mónica Luengo.

 

Durante a apresentação, Mariano Jabonero, Secretário-Geral da OEI, salientou o papel de Madrid como capital ibero-americana, uma cidade em que um em cada quatro habitantes é americano ou de ascendência americana e onde o passado desta região e a sua cultura ainda estão presentes e são permanentemente alimentados.

Sublinhou também que este guia “é um exercício de coexistência e respeito pela história”, salientando ao mesmo tempo que foi o primeiro a ser produzido, mas existem outros guias possíveis, uma vez que são muitos os laços que unem Madrid à Ibero-américa. “Escritores como Pablo Neruda, Gabriela Mistral e Rubén Darío viveram aqui: é uma cidade em que viveram e que amaram”, comentou.

Para Almudena Maíllo, secretária geral da UCCI e conselheira responsável pelo Turismo na Câmara Municipal de Madrid, “tivemos de tornar esta relação, que era pouco conhecida, palpável, tanto para os habitantes de Madrid como para os visitantes da América Latina”. “Em cada canto existe uma anedota e tudo tem uma razão de ser”, salientou. Também destacou que se trata de um guia que foi concebido “para ser visto enquanto se passeia”, no qual se pode ver que Madrid é “uma cidade eminentemente latino-americana e o Retiro ainda mais”.

Maíllo recordou também que este projecto é um reflexo da unidade que a UCCI tem vindo a promover desde a sua fundação em 1982: “A vocação da UCCI é a união, estamos unidos pela língua, história, coração e alma e muitos outros elementos que mostram que somos cidades irmãs”. Maíllo anunciou que estas rotas serão integradas no catálogo de rotas turísticas da cidade de Madrid.

Salvador Arriola, diplomata mexicano e inspiração para a publicação, explicou a origem desta obra, que é agora uma realidade: “Fiquei entusiasmado por caminhar pelo parque e ver que há ruas cheias de personagens ibero-americanas. O Retiro e toda a cidade de Madrid estão cheios de cultura ibero-americana”.

Mónica Luengo, membro honorário do Comité Científico Internacional sobre Paisagens Culturais ICOMOS – IFLA, destacou o papel da Ibero-américa como factor determinante na proclamação da Paisaje de la Luz de Madrid como Património Mundial da Unesco, que inclui todos os circuitos de Retiro e Paseo del Prado. “O legado da Ibero-América deu ‘universalidade’ a este espaço de convivência urbana, que foi fundamental para o seu reconhecimento internacional”, sublinhou.

Alida Juliani, chefe da Secção de Espanha no Estrangeiro da Agência EFE, moderadora da apresentação, referiu que este guia é um bom exemplo de como “sempre destacar o que nos une face ao que nos separa”.