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Educação superior e ciência

Ambas as áreas seguem a estratégia da Universidade Ibero-Americana 2030, que visa construir um espaço compartilhado de ensino superior e investigação que contribua para o progresso, o bem-estar e o desenvolvimento da Ibero-América, bem como para o cumprimento da Agenda 2030.

Desde 2019, através da estratégia Universidade Ibero-Americana 2030, a OEI tem trabalhado para vincular o trabalho no ensino superior e na ciência, como resultado da quantidade de investigadores que trabalham nas universidades ibero-americanas e da relevância da formação e da investigação para o avanço das sociedades.  

Em primeiro lugar, a priorização da atenção ao aumento do número de alunos do ensino superior fez com que as instituições ibero-americanas negligenciassem uma série de transformações que precisam abordar e que lhes são exigidas. A universidade ibero-americana desta década precisa ser mais digital, mais internacional, mais sustentável e de maior qualidade.  

Em segundo lugar, no que respeita à ciência, há desafios comuns na região para que ela seja uma fonte de progresso. A relação com os oceanos, a transição energética, o potencial aeroespacial, a cibersegurança, entre outras, são áreas de ação compartilhadas pelos nossos países. Por sua vez, estas precisam ser trabalhadas em contextos de qualidade, com sistemas reforçados de monitorização e avaliação, com mecanismos claros de transferência de conhecimento e com investigadores e instituições capacitados e sensibilizados para a comunicação do conhecimento das áreas em que trabalham.  

Líneas estratégicas

O fortalecimento institucional passa por tornar as universidades digitalmente capazes, uma tarefa que não pode mais ser adiada. Isso significa desenvolver uma mudança profunda na cultura das instituições e das pessoas que as formam, destacando o papel dos docentes. Nesse sentido, colaboramos com a Metared no acompanhamento de instituições e docentes no processo de autoavaliação e melhoria. 

Existem novas exigências que os cidadãos e o setor produtivo começam a fazer nas universidades, sobretudo em matéria de qualidade e de contribuição para o desenvolvimento sustentável. Por isso, estamos a trabalhar em ambos os pilares, dando atenção especial à formação de equipes de gestão em sustentabilidade junto com o IESALC-UNESCO, à inclusão de pessoas com deficiência nas universidades e à qualidade, especificamente na modalidade on-line – destacando o selo Kalos Virtual Iberoamerica 

A mobilidade internacional ibero-americana de professores e pesquisadores do Programa Paulo Freire e Paulo Freire + e de estudantes do Programa PIMA traz, sem dúvida, benefícios acadêmicos, sociais e econômicos, ao mesmo tempo que contribui para a formação de cidadãos em valores que promovem a paz, a solidariedade, a tolerância e a convivência nos países ibero-americanos e entre eles. 

A OEI tem como missão base a execução de políticas de cooperação no campo da ciência. Temos um Plano de Ação de Ciência focado no fortalecimento de capacidades para a melhoria da conceção e da avaliação de políticas públicas de CTI e da cooperação científica em várias áreas como a inteligência artificial, ciência espacial e transição energética, em aliança com atores chave, como os projetos europeus FORCYT e ENERGYTRAN 

A OEI apoia a produção científica e a transferência de conhecimento para os decisores políticos, o setor privado e a sociedade civil. Para isso, contamos com o Observatório de Ciência, Tecnologia e Sociedade (OCTS-OEI), a coordenação das Redes Ibero-Americanas de Indicadores de Ciência e Tecnologia (RICYT) e de Indicadores de Educação Superior (IndicES) e com as revistas RIE e CTS. A OEI também participa na organização de eventos em aliança com instituições da região, como o Fórum de Ciência Aberta da América Latina e do Caribe (CILAC). 

A OEI considera fundamental divulgar e comunicar à sociedade o conhecimento gerado na região e promover a produção científica em espanhol e português. A Noite Ibero-Americana dos Investigadores é o maior evento de divulgação científica da região, do qual participam a maioria dos países ibero-americanos. A OEI também apoia iniciativas de gênero e ciência, como o Congresso Ibero-Americano de Ciência, Tecnologia e Gênero 

 

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