Sello Kalos Virtual Iberoamérica
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São quatro as universidades ibero-americanas que foram acreditadas no processo piloto do Selo Kalos Virtual Ibero-américa. Procurando detetar possíveis melhorias do instrumento e do seu processo de avaliação, a Faculdade de Estudos Superiores Aragón (FESAragón) da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), a Universidade Técnica Particular de Loja (UTPL), no Equador, a Universidade Nacional Aberta e à Distância (UNAD), da Colômbia e a Universidade Nacional de Ensino à Distância (UNED) de Espanha. Após terminarem os quatro processos de avaliação anuncia-se que o grau de cumprimento das normas de avaliação das qualificações apresentadas foi satisfatório.
Quais as vantagens da obtenção do selo?
A obtenção do selo tem três benefícios principais:
- Adaptação ao modelo virtual com garantia de qualidade.
- Reconhecimento mútuo e internacional sobre a qualidade do programa.
- Avaliação dos critérios apenas da modalidade à distância através de TIC.
O que avalia o selo?
- Qualificações de instituições de ensino superior ibero-americanas.
- Programas que foram anteriormente avaliados pela agência nacional do seu país ou por uma internacional.
- A qualidade dos aspetos especificamente próprios da modalidade virtual; por isso, um requisito fundamental pede que pelo menos 51% do total de créditos ou horas lecionadas sejam em modalidade não presencial.
- Com seis anos de vigência.
Consulte a convocatória de 2023 completa aqui.
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Compõe-se por 6 dimensões, 26 critérios, 49 indicadores e 159 normas de valorização.
Cooperação pela qualidade
Encerrando o primeiro seminário dedicado ao ensino virtual no limiar do início do confinamento e da mudança dos sistemas educativos para a modalidade virtual, a OEI confirmou a sua responsabilidade de continuar a trabalhar na qualidade nesse sentido. A pandemia confirmou e acelerou a tendência para este modelo educativo relativamente às exigências sociais existentes. Por isso, a garantia da qualidade deste tipo de ensino torna-se necessária, de forma a criar confiança e a dotar a sociedade ibero-americana de profissionais que colaborem verdadeiramente para o aumento do bem-estar.
Sob esta ideia, a OEI iniciou um trabalho colaborativo com a Rede Ibero-americana para a Acreditação da Qualidade do Ensino Superior (RIACES) para criar um selo de qualidade que creditará as qualificações de instituições de ensino superior ibero-americanas dadas online. Ambas as instituições convidaram profissionais dos sistemas de qualidade a participar num grupo de trabalho que ao longo de seis meses e sob a orientação do Guia de Avaliação da Qualidade no Ensino à Distância, criaram o primeiro e único selo de qualidade ibero-americano.
O selo de qualidade Kalos Virtual Ibero-américa (KVI) conta com o seu próprio procedimento e critérios de avaliação, que foram revistos e comentados por onze agências de qualidade e associações de universidades à distância ibero-americanas ligadas ao selo. São essas a AIESAD, ACESAD, Caled, a Fundação Madri+d, a Direção de Avaliação da Agência Andaluza do Conhecimento, ACSUCYL, CONAIC, ACCECISO, CACEI, ANEAES e CONAED. As agências ibero-americanas e as universidades foram as protagonistas do processo de criação do selo Kalos.
Tendências na modalidade virtual
No primeiro relatório de diagnóstico sobre o ensino superior que publicámos em 2019, registava-se que, segundo o Observatório Ibero-americano da Ciência, Tecnologia e Sociedade (OCTS), na década de 2010 as inscrições no ensino superior à distância aumentaram em 86%. O que se traduzia em 5 milhões de estudantes universitários de licenciatura a estudar à distância. Em comparação, a matrícula presencial aumentava 27%. Além disso, a análise mostrou também que, consequentemente, a oferta desta modalidade também tinha aumentado, bem como o uso de TICs no ensino presencial.
Muitos são os benefícios que se podem destacar do aumento da modalidade virtual, entre eles estão:
ACESSO AO ENSINO SUPERIOR
Para aqueles jovens cuja conjuntura pessoal não lhes permite assistir presencialmente, por exemplo, por dificuldade de deslocação ou pela flexibilidade requerida para aqueles que para além de estudar, trabalham.
FACILIDADE PARA A APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA
Permite às pessoas inseridas no mercado laboral estudar na universidade. A atualização de conhecimentos que permite, para além da possibilidade de proporcionar uma primeira formação académica aos que não a têm, é um contributo essencial para a produtividade na região.
Com base nesta análise, a OEI decidiu incluir como parte da sua estratégia Universidade Ibero-américa 2030 objetivos relativos à qualidade do ensino superior, centrados na modalidade à distância. A confiança na educação virtual foi sempre reduzida na Ibero-américa, o que constituía um grave problema para a cooperação institucional e para os futuros profissionais dos estudantes desta modalidade. A proposta da OEI tinha a ver com os Programas Orçamentais 2018-2019 e 2020-2021 com a assimilação de procedimentos e critérios de avaliação da qualidade das Instituições de Ensino Superior para gerar essa confiança baseada na compreensão comum da qualidade. Este objetivo só era alcançável se esta atuação fosse colaborativa.
Às portas da pandemia
Tal como defendido pela OEI, o procedimento deveria partir do trabalho já realizado pelos agentes a cargo do mesmo e em pleno respeito à autonomia dos organismos de acreditação ibero-americanos, que contam já com uma trajetória consolidada. Por isso, as agências de qualidade da região representavam o principal aliado para estabelecer indicadores próprios para a modalidade à distância.
Com isso em mente, a OEI organizou, em conjunto com o Conselho de Garantia da Qualidade do Ensino Superior do Equador (CACES) e com a Universidade Técnica Particular de Loja (UTPL), o Seminário Ibero-americano de Qualidade na Educação à Distância em Loja (Equador). Este encontro realizou-se em março de 2020, tendo sido encerrado no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde declarou o Covid-19 como uma pandemia mundial. Os seus objetivos foram eliminar preconceitos relativos à educação online e demonstrar que este tipo de ensino é equiparável ao presencial.
Várias agências de qualidade da região ibero-americana formaram um grupo de trabalho para reunir os parâmetros de avaliação do ensino à distância e o resultado foi o primeiro Guia Ibero-americano para a Avaliação da Qualidade do Ensino à Distância. O guia estabelece definições e normas partilhadas pelas agências de qualidade ibero-americanas. Por isso, em vez de substituí-los, completa e enriquece os guias de avaliação através da cooperação entre os nossos organismos de acreditação da qualidade.
Favorece a aproximação de procedimentos e normas de avaliação como uma premissa fundamental para a criação de confiança.
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